Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pede que libaneses salvem o país do Hezbollah para evitar a destruição semelhante à de Gaza

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, pede aos libaneses que se libertem do Hezbollah para evitar destruição semelhante à da Faixa de Gaza.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, pede aos libaneses que se libertem do Hezbollah para evitar destruição semelhante à da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou nesta terça-feira (08/10/2024), os libaneses a “salvarem” seu país, libertando-se do grupo Hezbollah, como forma de encerrar o conflito atual. Em seu discurso, Netanyahu alertou que, na ausência de mudanças, o Líbano pode enfrentar “destruição e sofrimento” semelhantes aos observados na Faixa de Gaza.

Em um vídeo publicado na rede social X, Netanyahu, em inglês, declarou que o Líbano foi devastado por “uma dezena de tiranos e terroristas”. Ele lembrou que o país era uma vez conhecido como “a pérola do Oriente Médio”, famoso por sua “tolerância e beleza”, mas que atualmente se tornou “um lugar de caos e guerra”.

O primeiro-ministro israelense também acusou o Irã de financiar e armar o Hezbollah, que, segundo ele, transformou o Líbano em um arsenal de armas e em uma base militar iraniana. Desde o ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, o Hezbollah teria iniciado uma guerra contra Israel, disparando cerca de oito mil mísseis contra alvos civis e cidades israelenses.

Netanyahu reafirmou que Israel decidiu encerrar essa situação, assegurando que tomará as medidas necessárias para garantir a segurança dos cidadãos israelenses, especialmente aqueles que deixaram suas casas no norte do país em decorrência dos ataques do Hezbollah. “Israel tem o direito de se defender. Israel também tem o direito de vencer. E Israel vencerá”, enfatizou.

O primeiro-ministro acrescentou que a ofensiva das últimas duas semanas teve sucesso em reduzir a capacidade do Hezbollah, mencionando a eliminação de milhares de combatentes, incluindo o líder do grupo, Hassan Nasrallah, e seu sucessor, Hashem Safieddine. “O Hezbollah nunca esteve tão fraco”, afirmou.

Netanyahu posicionou o povo libanês em uma “encruzilhada”, sugerindo que a população deve decidir se deseja restaurar a paz e a prosperidade no Líbano. “Hoje, pergunto a cada pai e a cada mãe no Líbano: vale a pena? Porque não precisa ser desta forma”, disse. Ele insistiu que “há um caminho melhor” e pediu que os libaneses não permitam que os terroristas destruam ainda mais seu futuro, alertando sobre a possibilidade de uma longa guerra que levaria à destruição e ao sofrimento, como já ocorre em Gaza.

O Exército israelense, em um comunicado emitido nesta terça-feira, informou que intensificou sua ofensiva terrestre no Líbano, realizando “operações limitadas e seletivas contra alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah” na costa libanesa. A véspera, Israel já havia notificado a população sobre operações na zona marítima ao sul do rio Al Awali e solicitou que os civis deixassem a área. Enquanto isso, os bombardeios no sul e leste do Líbano, bem como nos subúrbios ao sul de Beirute, continuam.

O Hezbollah reivindicou a responsabilidade por disparos de foguetes contra posições militares no norte de Israel, incluindo a cidade de Haifa. De acordo com Tel Aviv, foram lançados 85 projéteis, a maioria dos quais foi interceptada pelo sistema de defesa israelense. Os bombardeios israelenses nos últimos quinze dias resultaram em mais de 1.100 mortes, e a ONU estima que mais de um milhão de pessoas foram forçadas a deixar suas casas.

*Com informações da RFI.


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