Rio Negro registra marca de 13,19 metros, aproximando-se de recorde histórico de seca

O nível do Rio Negro atingiu 13,19 metros nesta segunda-feira (30/09/2024), superando a seca de 2010, quando o rio alcançou 13,63 metros. Comparado ao ano passado, em que o nível chegou a 12,70 metros, o rio está a 49 centímetros de atingir o recorde em 120 anos. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, a previsão é que a seca de 2024 supere a de 2023, com o nível do rio baixando a uma média de 19 centímetros por dia. Nesse ritmo, espera-se que a cidade de Manaus atinja a pior seca já registrada em aproximadamente quatro dias.

O Rio Negro, que é o maior rio em extensão da Bacia Amazônica e um dos maiores rios do mundo em volume de água, está enfrentando uma das secas mais severas da história recente. A estiagem que afeta o Amazonas já prejudica mais de meio milhão de pessoas. Cerca de 140.300 famílias foram afetadas pela descida das águas, resultando em dificuldades para acessar recursos e serviços essenciais. Todas as cidades do estado estão em situação de emergência devido ao impacto direto dessa seca.

As autoridades monitoram o Rio Negro e outras áreas impactadas na região amazônica, buscando implementar medidas que possam mitigar os efeitos da estiagem sobre as populações afetadas. Embora a previsão para 2024 seja desafiadora, os esforços estão concentrados em garantir a proteção dos mais vulneráveis e minimizar os prejuízos decorrentes da falta de água. A situação crítica atinge diversos setores, incluindo transporte fluvial e abastecimento, o que agrava ainda mais as dificuldades enfrentadas pelas comunidades locais.

Especialistas apontam que a seca no Amazonas é um reflexo de padrões climáticos que vêm alterando o ciclo hidrológico da região. A variação nos níveis dos rios durante o período de estiagem tem sido cada vez mais acentuada, levando à necessidade de monitoramento constante e ações emergenciais por parte das autoridades. A descida do nível do Rio Negro tem gerado impactos na economia, com a limitação de transporte de mercadorias e de deslocamento de pessoas em áreas ribeirinhas.

A expectativa é que, com a continuidade da estiagem, a situação se agrave nas próximas semanas, com mais municípios solicitando apoio federal para lidar com os efeitos da seca. A atuação das autoridades será fundamental para garantir o suporte necessário às famílias atingidas e buscar alternativas para amenizar os impactos em curto e longo prazos.

*Com informações da Agência Brasil.