Rússia oferece ao Brasil novo mandato na presidência do Banco dos BRICS com Dilma Rousseff

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirma a proposta de continuidade da presidência do Novo Banco de Desenvolvimento por parte do Brasil, com Dilma Rousseff à frente da instituição.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirma a proposta de continuidade da presidência do Novo Banco de Desenvolvimento por parte do Brasil, com Dilma Rousseff à frente da instituição.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira (24/10/2024) que ofereceu ao Brasil a oportunidade de permanecer à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) por mais um mandato de cinco anos, mantendo Dilma Rousseff como presidente da instituição financeira do bloco Brics. O atual mandato de Rousseff se encerra em julho de 2025.

Durante coletiva de imprensa após a 16ª Cúpula dos Brics, realizada em Kazan, Putin destacou a proposta, afirmando: “A Rússia propôs estender a presidência do Brasil e da presidente do banco, Sra. Rousseff. Tendo em mente que este ano o Brasil preside o G20, no próximo ano ele nos tirará o bastão e liderará o Brics.” A declaração de Putin ocorre em um contexto de tensões políticas e econômicas, já que a Rússia se encontra envolvida em um conflito armado com a Ucrânia.

Putin expressou a preocupação de que a presença russa à frente do NDB poderia gerar complicações na gestão da instituição financeira, considerando as circunstâncias atuais. “Não queremos transferir todos os problemas que estão associados à Rússia para instituições em cujo desenvolvimento nós próprios estamos interessados. Nós lidaremos com nossos problemas e cuidaremos deles nós mesmos”, disse o presidente russo.

A Agência Brasil tentou contato com a assessoria de Dilma Rousseff para verificar seu interesse em continuar na presidência do NDB, que possui sede em Xangai, na China, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.

Conforme as regras do NDB, cada país membro do Brics tem a prerrogativa de indicar o presidente da instituição para mandatos de cinco anos, e, pelo sistema de rodízio, a próxima indicação para a presidência é da Rússia. Dilma Rousseff assumiu a presidência do banco em março de 2023, substituindo Marcos Troyjo, que havia sido indicado pelo governo de Jair Bolsonaro. Com a mudança de governo, ocorreu a troca na liderança do NDB.

Atualmente, o Novo Banco de Desenvolvimento financia aproximadamente 100 projetos, totalizando cerca de US$ 33 bilhões. A instituição desempenha um papel central na estratégia do Brics de ampliar os investimentos entre os países do bloco e no Sul Global.

Durante a cúpula deste ano, Dilma Rousseff foi recebida por Putin e apresentou argumentos a favor da expansão do Brics e do uso de moedas locais para o financiamento.

“Tivemos investimentos bastante elevados, mas ainda não o suficiente para as necessidades dos países do Brics. Por isso é muito importante disponibilizar financiamento em moeda local através de plataformas específicas. O Novo Banco de Desenvolvimento tem o compromisso de viabilizar não só financiamento em projetos soberanos, mas também em projetos da iniciativa privada”, afirmou Rousseff na ocasião.


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