O secretário de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural de Feira de Santana, Alexandre Monteiro, expressou sua opinião sobre a necessidade de reformulação na agricultura tradicional, especificamente nas práticas de cultivo de feijão e milho, consideradas pilares da agricultura de subsistência. Segundo Monteiro, essas culturas frequentemente não geram resultados econômicos satisfatórios para o pequeno produtor rural, o que resulta em perdas e frustração. Ele destaca que, mesmo em anos com menor impacto das variações climáticas, as colheitas de feijão e milho não apresentam viabilidade econômica. Monteiro argumenta que a continuidade dessas práticas tradicionais impede que os ruralistas alcancem melhores resultados.
O secretário enfatiza que é fundamental substituir as culturas tradicionais por variedades que garantam maior rentabilidade econômica. Para isso, ele sugere a introdução de frutas como caju, acerola, goiaba, manga, jabuticaba e tâmara, uma espécie não nativa oriunda do Oriente, que se adapta bem à região. Monteiro esclarece que, embora a tamareira leve cerca de 80 anos para produzir frutos, essa crença não deve desestimular seu cultivo, pois existem condições favoráveis para seu desenvolvimento no Nordeste. Ele também menciona a importância de fruteiras precoces, que apresentam um rápido período de produção, e destaca a existência de um mercado em expansão para essas frutas.
Além das novas propostas de cultivo, Monteiro ressalta a necessidade de maior atenção ao plantio da mandioca, um tubérculo com múltiplos usos, que inclui a produção de farinha, tapioca e outros derivados. Ele observa que, embora a mandioca tenha sido uma cultura significativa na região, sua produção tem diminuído nos últimos anos, em parte devido à escassez de manaiba de boa qualidade. O secretário conclui que a inovação nas práticas agrícolas, junto à introdução de novas espécies vegetais adaptáveis ao solo local, pode proporcionar um avanço na rentabilidade dos pequenos produtores e contribuir para a sustentabilidade da agricultura na região.
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