Na manhã desta quarta-feira (16/10/2024), o Plenário do Senado realizou uma sessão especial para celebrar o Dia do Médico, que ocorre em 18 de outubro em homenagem a São Lucas, considerado o padroeiro da medicina. A sessão foi proposta por meio do requerimento (RQS 49/2024) do senador Dr. Hiran (PP-PR) e contou com o apoio de outros senadores, incluindo Alan Rick (União-AC), Damares Alves (Republicanos-DF), Esperidião Amin (PP-SC), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Izalci Lucas (PL-DF), Lucas Barreto (PSD-AP), Marcos Rogério (PL-RO), Romário (PL-RJ) e Tereza Cristina (PP-MS).
Na abertura da solenidade, o senador Dr. Hiran ressaltou que a medicina é uma vocação que implica um compromisso com o alívio do sofrimento humano e a promoção da saúde. Ele enfatizou a importância da data como um momento de reflexão sobre os desafios enfrentados pela categoria médica e parabenizou os mais de 570 mil médicos brasileiros pela sua dedicação.
O senador Bene Camacho (PSD-MA), também médico, expressou sua saudação a todos os profissionais da área, reconhecendo o esforço contínuo dos médicos que atuam em diversos serviços de saúde. Ele destacou a relevância do trabalho realizado pelos profissionais em hospitais, ambulatórios e unidades de emergência, enfatizando a necessidade de respeito e reconhecimento por parte da população.
O deputado federal Luiz Ovando (PP-MS), também médico, alertou para as dificuldades que permeiam a profissão, ressaltando a falta de infraestrutura do sistema de saúde, a sobrecarga de trabalho e a remuneração inadequada como fatores que comprometem a prática médica. Ele criticou a crescente burocracia que, segundo ele, desvia a atenção dos médicos do atendimento ao paciente.
José Hiran da Silva Gallo, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), abordou a falta de políticas públicas voltadas para a prática médica e citou casos recentes de negligência, como infecções adquiridas por pacientes após transplantes de órgãos e complicações em mutirões oftalmológicos. Ele defendeu a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando que, embora seja um modelo reconhecido internacionalmente, carece de investimentos adequados para garantir a universalidade e a integralidade dos serviços de saúde.
Lúcia Santos, presidente da Federação Nacional dos Médicos, corroborou a necessidade de melhorias no SUS, alertando que a segurança do sistema está ameaçada devido ao descontentamento dos médicos. Ela afirmou que é essencial garantir a presença de médicos em todas as regiões do Brasil para melhorar a assistência à saúde pública.
César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira, expressou preocupação com a qualidade da formação médica no país, enfatizando o crescimento descontrolado do número de escolas médicas. Ele apontou que, enquanto os Estados Unidos mantêm cerca de 200 instituições de formação médica, o Brasil já conta com quase 500, o que, segundo ele, representa uma disparidade preocupante em termos de qualidade e condições de ensino.
*Com informações da Agência Senado.
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