O Brasil repatriou mais de 2,3 mil pessoas do Líbano por meio da Operação Raízes do Cedro, que começou em outubro. A iniciativa é resultado de um esforço conjunto entre o Governo Federal e instituições como a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Além de transporte e acolhimento, a operação oferece assistência médica, psicossocial, e apoio logístico.
A Acnur tem papel central na recepção, disponibilizando intérpretes para facilitar a comunicação de pessoas que chegam ao Brasil sem fluência no idioma. Zamer Zaiter, coordenador dos tradutores, relata que sua própria experiência como imigrante reforça a importância do acolhimento. Segundo ele, a operação busca garantir que cada etapa da chegada seja organizada e humanizada, proporcionando suporte adequado às famílias.
A chegada de repatriados ao Brasil tem contado com a presença de representantes do governo. André Quintão, secretário nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, destacou a relevância do trabalho conjunto.
“Já são mais de 2 mil pessoas retiradas de uma zona de guerra. Essa integração de esforços tem trazido resultados significativos”, afirmou.
Entre os repatriados, histórias de alívio e emoção são frequentes. Fátima Abdala, que conseguiu viajar com parte da família, agradeceu pela segurança proporcionada.
“Graças a Deus, agora estamos salvos aqui. Meu marido ainda está lá, mas agradeço ao Brasil”, declarou. Para outros, como Sara Courani, a chegada ao Brasil representou a possibilidade de retomar momentos de felicidade. “Hoje foi o primeiro dia em que estou sorrindo novamente”, disse, enquanto relembrava os 36 dias de deslocamento.
Os impactos do conflito no Líbano continuam a gerar preocupação internacional. A ONU tem alertado para as graves consequências humanitárias enfrentadas pelos civis, reiterando o pedido pelo respeito ao direito internacional e à proteção de infraestruturas e populações.
Maria da Glória de Oliveira, que aguardava a chegada de parentes no aeroporto, relatou os dias de ansiedade até o reencontro.
“Foi um alívio ver minha filha e os netos chegarem em segurança. Espero que todos os outros possam também encontrar um lugar seguro”, afirmou.
Além de acolher repatriados, a Acnur também promove campanhas de arrecadação para apoiar libaneses refugiados em outros países, como a Síria. Segundo a entidade, os desafios incluem garantir itens essenciais, moradia e apoio financeiro aos afetados pelo conflito.
*Com informações da ONU News.
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