A declaração final da Cúpula dos Líderes do G20 reafirmou o compromisso dos países membros com as diretrizes do Acordo de Paris, especialmente no objetivo de limitar o aumento da temperatura global a menos de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, com esforços adicionais para restringi-lo a 1,5°C. O documento também destacou desafios enfrentados na implementação da Agenda 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), reconhecendo progresso efetivo em apenas 17% das metas desde 2015.
O evento, realizado nos dias 18 e 19 de novembro no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, marcou o ápice da presidência brasileira no G20. A declaração final abordou cinco tópicos principais: política e economia internacional; inclusão social e combate à fome; desenvolvimento sustentável e ações climáticas; reforma de instituições de governança global; e inclusão no grupo.
No campo das ações climáticas, o texto destacou a urgência de ampliar esforços para enfrentar crises relacionadas à mudança do clima, perda de biodiversidade, desertificação, degradação dos oceanos e poluição. Entre os compromissos firmados, estão a triplicação da capacidade de energia renovável global e a conclusão, até o fim de 2024, de negociações sobre o combate à poluição plástica. A bioeconomia também recebeu atenção, com menção aos “10 Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia” lançados recentemente pela Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB).
A declaração enfatizou a necessidade de colaboração internacional para ampliar financiamentos climáticos, incluindo a utilização de mecanismos inovadores como o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF). Houve também um chamado à comunidade internacional para fortalecer os fundos verdes e facilitar financiamentos de baixo custo para países em desenvolvimento em transição para economias de baixo carbono.
A proposta brasileira de tributar grandes fortunas como forma de financiar iniciativas sociais e ambientais foi mencionada brevemente no texto. Apesar de resistências, especialmente por parte dos Estados Unidos, o documento sugere a cooperação entre países para combater práticas fiscais antievasão e incentivar debates sobre princípios tributários.
A Argentina, liderada por Javier Milei, expressou reservas quanto ao conteúdo da Agenda 2030, mas assinou a declaração final, desvinculando-se parcialmente de algumas diretrizes. O Brasil, que presidiu o G20 pela primeira vez, será sucedido pela África do Sul em 2025, consolidando a participação do continente africano no grupo após a adesão formal da União Africana.
*Com informações da Agência Brasil.
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