EUA anunciam apoio bilateral à conservação da Amazônia durante visita de Joe Biden a Manaus

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante visita a Manaus, formalizou uma série de iniciativas voltadas à preservação da Amazônia e ao combate às mudanças climáticas.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante visita a Manaus, formalizou uma série de iniciativas voltadas à preservação da Amazônia e ao combate às mudanças climáticas.

Em visita histórica a Manaus, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um pacote de medidas voltadas à preservação da Amazônia. O anúncio integra os esforços norte-americanos para mitigar as mudanças climáticas e reforça parcerias estratégicas entre Brasil e Estados Unidos no campo ambiental. Esta é a primeira vez que um presidente dos EUA visita a região amazônica durante o exercício do mandato, e a ocasião também celebrou os 200 anos de relações bilaterais entre os dois países.

Entre os principais compromissos, o governo norte-americano formalizou uma contribuição adicional de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia, dobrando a soma já disponibilizada ao programa, e anunciou a criação de uma coalizão de investidores em parceria com o banco BTG Pactual. Essa iniciativa tem como meta arrecadar US$ 10 bilhões até 2030 para projetos de restauração ambiental, remoção de emissões e apoio às comunidades locais.

O pacote incluiu o aporte de US$ 3,71 bilhões pelo escritório federal Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA (DFC) e US$ 1,6 bilhão pelo Banco de Exportação e Importação dos EUA (Exim). Esses valores serão destinados a iniciativas de reflorestamento, bioeconomia e outras ações sustentáveis, além de investimentos específicos como US$ 180 milhões para reflorestamento no Pará e US$ 2 milhões para o Laboratório de Soluções Baseadas na Natureza, em parceria com instituições brasileiras.

A colaboração também aborda o combate ao crime ambiental, com ações voltadas à repressão da mineração ilegal, extração de madeira e queimadas. O governo americano fornecerá treinamentos tecnológicos, como o uso da técnica de Espectrometria de Massa (Dart-Tofms) para rastreamento de madeira, além de financiar a capacitação de comunidades indígenas para o manejo do fogo.

Organizações brasileiras como o Observatório do Clima e o movimento Amazônia de Pé reagiram positivamente ao anúncio, destacando o papel dos investimentos no fortalecimento de políticas públicas e no combate ao desmatamento. O secretário executivo do Observatório, Marcio Astrini, sublinhou que os fundos podem consolidar uma economia baseada na preservação da floresta, criando oportunidades de geração de renda sustentável.

O pacote, segundo o governo norte-americano, marca um aumento significativo nos investimentos climáticos internacionais em comparação com períodos anteriores. A meta anunciada é alcançar US$ 11 bilhões anuais destinados a ações globais de conservação, um aumento de seis vezes em relação ao início do mandato de Biden.

A visita também reforçou a importância da cooperação multilateral no enfrentamento às mudanças climáticas, colocando a Amazônia como um ponto central na agenda ambiental global. Representantes brasileiros enfatizaram a necessidade de que os recursos cheguem efetivamente às comunidades locais e às estruturas de proteção ambiental, como o Ibama e o ICMBio, garantindo a implementação dos compromissos anunciados.

*Com informações da Agência Brasil.


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