Na última quinta-feira (21/11/2024), o Governo Federal, representado pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, formalizou um pedido público de desculpas à população negra brasileira pela escravização e pelos efeitos dessa prática ao longo da história. O pedido foi lido durante um evento realizado em Brasília, onde Messias reconheceu a importância de intensificar os esforços para combater a discriminação racial e promover a emancipação dos negros no Brasil. Em seu pronunciamento, ele destacou o compromisso do governo com a criação de políticas públicas voltadas para essa finalidade.
O pedido de desculpas do Estado brasileiro foi acompanhado por declarações de diversas autoridades que ressaltaram a relevância do momento histórico. A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, enfatizou a luta contínua da população negra por liberdade, igualdade e a conquista de direitos. Ela afirmou que o reconhecimento das injustiças causadas pela escravização é um reflexo de anos de ações e mobilizações do movimento negro, que, segundo ela, não se limitam ao período abolicionista, mas seguem se estendendo após a abolição da escravatura, destacando o abandono da população negra após a assinatura da Lei Áurea em 1888.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também marcou presença no evento e fez um discurso sobre a importância de se lembrar das injustiças cometidas contra a população negra, mencionando a memória de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. Ela mencionou que, além do pedido de desculpas, o ano de 2024 também viu a condenação dos responsáveis pelo assassinato de sua irmã. Franco apontou a dor constante que a população negra enfrenta ao lidar com as dificuldades e a violência estrutural, ressaltando a importância do trabalho coletivo e da união para superar tais desafios.
O pedido de desculpas emitido pelo governo federal ocorre em um contexto de crescente discussão sobre as desigualdades raciais no Brasil, onde a população negra, que representa mais da metade da população nacional, continua a enfrentar profundas disparidades econômicas, educacionais e sociais. A iniciativa também reforça o papel do Estado em promover reparações históricas, um tema frequentemente abordado pelos movimentos negros, que clamam por medidas concretas para mitigar os impactos da escravização e da discriminação racial no país.
*Com informações da Agência Brasil.
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