Hospital da Mulher de Feira de Santana implementa assistência ambulatorial para prematuros com o Método Canguru

A iniciativa visa garantir a saúde desses bebês após a alta hospitalar, com suporte multiprofissional, e faz parte das ações do hospital em referência ao Novembro Roxo.
A iniciativa visa garantir a saúde desses bebês após a alta hospitalar, com suporte multiprofissional, e faz parte das ações do hospital em referência ao Novembro Roxo.

O Hospital da Mulher, em Feira de Santana, iniciou a oferta de um serviço ambulatorial específico para o acompanhamento de bebês prematuros ou com baixo peso até os dois anos de idade. A assistência faz parte do Método Canguru, um modelo de cuidado que visa promover o desenvolvimento e a saúde dos recém-nascidos prematuros, com ênfase no suporte a bebês internados na UTI Neonatal. O primeiro bebê a ser atendido na terceira etapa do método, Calebe, já apresenta ganho de peso e boa saúde.

Gilberte Lucas, diretora-presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, autarquia responsável pela gestão do Hospital Inácia Pinto dos Santos, destacou a importância da equipe multiprofissional envolvida na implementação do modelo de cuidado. A abordagem, conforme explicado, é voltada para bebês prematuros com idade gestacional igual ou inferior a 33 semanas, ou peso abaixo de 1,5 kg, que, após um longo período de recuperação, passam a receber o acompanhamento da terceira etapa do método após a alta hospitalar.

“O foco é proporcionar acompanhamento especializado e humanizado para esses bebês, que passaram por um processo delicado, e, com isso, garantir a continuidade da recuperação após a alta”, explicou Gilberte.

A terceira fase do Método Canguru foi uma das ações do Hospital da Mulher em alusão ao Novembro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre cuidados com bebês prematuros.

A primeira criança a ser acompanhada nessa etapa do projeto foi Calebe, que nasceu prematuro com 32 semanas, por parto normal, no dia 1º de outubro de 2024. Após receber alta hospitalar no dia 6 de novembro, Calebe se tornou o primeiro bebê a ser monitorado na fase ambulatorial do Método Canguru. Seus pais, Jacilene Conceição dos Santos e Ediclei Santos, moradores do bairro Limoeiro, em Feira de Santana, expressaram a importância do acompanhamento durante o processo.

“Passar por esse processo não foi fácil. Já sinto saudade da enfermeira Marília pelo cuidado que teve comigo e com meu filho. O Método Canguru me ensinou muito, e hoje me sinto mais segura ao voltar para casa com meu bebê”, relatou Jacilene. O pai, Ediclei, também ressaltou a relevância da experiência.

“Passamos por esse processo, senti meu filho no contato pele a pele e acompanhei sua recuperação desde as primeiras horas de vida aqui no Hospital da Mulher. Agora, vamos para casa com mais segurança para cuidar do nosso menino”, afirmou.

A enfermeira Marília Macedo, responsável pelo acompanhamento ambulatorial do Método Canguru no hospital, explicou que Calebe, após ser diagnosticado com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), teve complicações que causaram perda de peso. Inicialmente internado na UTI Neonatal, o bebê passou pela Unidade de Cuidados Intermediários (Ucinco I) e pela Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca), até ser transferido para a terceira fase do método.

“O Hospital da Mulher é pioneiro na região ao oferecer a terceira etapa do Método Canguru. Este acompanhamento é realizado a cada duas a três semanas, com o objetivo de garantir a saúde dos bebês prematuros após a alta hospitalar”, afirmou Marília.

Ela enfatizou que o método se baseia no contato pele a pele entre o bebê e os pais, além de cuidados com a alimentação, estímulo e proteção. O modelo busca criar um vínculo familiar e garantir a continuidade do acompanhamento multiprofissional.

“É gratificante acompanhar a alta deste bebê. Para nós, cada grama de peso ganho representa uma vitória. A terceira etapa do Método Canguru é uma oportunidade para que as mães esclareçam dúvidas, se preparem para os desafios de cuidar de um prematuro e continuem com o suporte que receberam no hospital”, completou Marília.


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