O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta sexta-feira (29/11/2024) a necessidade de uma mobilização ampla para recuperar o superávit primário no país, que consiste no saldo positivo entre as receitas e as despesas do governo, excluindo os juros da dívida pública. Segundo o ministro, a melhoria das contas públicas exige convencimento entre os diversos atores políticos e sociais sobre a importância dessa meta.
Haddad participou do Almoço Anual de Dirigentes de Bancos, que reuniu os principais executivos do setor bancário. No evento, destacou que a tarefa de reequilibrar as contas públicas depende de esforços internos no governo, além do apoio do Congresso Nacional.
“Temos que convencer os ministros sobre a necessidade de controlar o crescimento das despesas públicas e o Congresso Nacional sobre a importância dessa contenção”, afirmou o ministro.
O ministro citou o alinhamento com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como essencial para a aprovação do pacote de medidas para corte de R$ 70 bilhões em gastos obrigatórios. O projeto está em análise nas duas Casas e deve ser votado até o final do ano, antes do recesso parlamentar.
Haddad mencionou que ajustes no sistema tributário estão sendo realizados, com foco na eliminação de distorções. Alertou, no entanto, que qualquer concessão de isenção fiscal deverá ser compensada. Ele elogiou o Congresso pelo trabalho feito no ano anterior no controle das despesas primárias, que abrangem gastos com educação, saúde e outros serviços públicos essenciais.
Para 2025, o ministro indicou que a pauta deverá incluir alterações nas propostas em tramitação, ressaltando que o debate é parte do processo democrático.
“Alterações são naturais em uma democracia, onde há diversidade de pensamentos”, disse.
Por fim, Haddad mencionou o impacto de fatores externos, como a incerteza política nos Estados Unidos, em especial pela possibilidade de retorno de Donald Trump à presidência. Segundo ele, essas questões reforçam a necessidade de preparar a economia brasileira para enfrentar desafios internos e externos.
*Com informações da Agência Brasil.
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