Noruega adere à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada pelo Brasil

A Aliança funcionará de forma independente até 2030 e busca facilitar a implementação de políticas e parcerias internacionais.
A Aliança funcionará de forma independente até 2030 e busca facilitar a implementação de políticas e parcerias internacionais.

Na quinta-feira (07/11/2024), a Noruega anunciou sua adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa impulsionada pela presidência brasileira do G20, que visa canalizar recursos para programas e projetos destinados ao combate à fome e à pobreza no mundo. O país europeu já havia se comprometido a destinar um aporte inicial de US$ 1 milhão ao programa, conforme anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

A ministra do Desenvolvimento Internacional da Noruega, Anne Beathe Tvinnereim, destacou a intenção do país de colaborar com a Aliança, afirmando que o governo norueguês está comprometido em apoiar financeiramente a mobilização de recursos, tanto nacionais quanto internacionais, para promover a segurança alimentar. A adesão da Noruega ocorre no contexto da apresentação da Declaração de Compromisso, documento que formaliza o apoio à iniciativa.

Com a adesão da Noruega, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza conta com a participação formal de 18 países, além de dois blocos regionais, a União Africana e a União Europeia. A expectativa é que outros membros do G20, como Bangladesh e Alemanha, também confirmem sua adesão nos próximos dias, durante a Cúpula de Líderes, prevista para ocorrer nos dias 18 e 19 de outubro, no Rio de Janeiro. Outros 29 países estão com suas Declarações de Compromisso em processo de revisão, e cerca de 66 países manifestaram intenção de aderir ao movimento global.

Além dos países, organismos multilaterais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Câmara de Comércio Internacional, assim como a Fundação Rockefeller, também firmaram compromisso com a Aliança. A expectativa é que a Aliança, ao funcionar como uma plataforma neutra, facilite a implementação de políticas públicas e parcerias para o enfrentamento da fome e da pobreza, com um banco de dados unificado que agilizará a identificação de necessidades, oportunidades de financiamento e colaboração entre doadores e países receptores.

O projeto da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, apesar de ter sido lançado no âmbito do G20, operará de maneira independente até 2030, com uma equipe própria. A iniciativa busca reduzir o tempo e os recursos necessários para a construção de parcerias eficazes, facilitando a implementação de políticas de transferência de renda, segurança alimentar e outras estratégias voltadas para a erradicação da fome e da pobreza no mundo.

Em paralelo à Aliança, o governo brasileiro também propõe a criação de um imposto sobre grandes fortunas, especialmente direcionado a bilionários e super-ricos, com uma alíquota de 2%. Estima-se que a taxação atinja cerca de 3 mil indivíduos detentores de riquezas acumuladas em torno de US$ 15 trilhões. A arrecadação gerada por este imposto poderia alcançar entre US$ 250 bilhões e US$ 300 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 1,5 trilhão. O governo vê essa medida como um instrumento para financiar ações globais de combate à fome e à pobreza.

*Com informações da Agência Brasil.


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