ONU e FMI já não representam cenário global, diz chanceler brasileiro Mauro Vieira

O ministro Mauro Vieira afirma que a ONU, FMI e Banco Mundial não refletem a atualidade e defende reformas nas estruturas de governança global.
O ministro Mauro Vieira afirma que a ONU, FMI e Banco Mundial não refletem a atualidade e defende reformas nas estruturas de governança global.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, declarou em evento realizado no Rio de Janeiro que os principais organismos internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, não representam adequadamente a realidade do cenário global contemporâneo. A afirmação ocorreu no dia 30 de outubro de 2024, durante a entrega da revitalização do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), que sediará a cúpula dos líderes do G20 em novembro.

Vieira abordou as prioridades do Brasil na presidência rotativa do G20, enfatizando a necessidade de reformas nos mecanismos de governança global. O chanceler argumentou que as estruturas atuais dessas organizações são obsoletas e não refletem a complexidade e a multiplicidade de interesses que caracterizam o mundo atual. Ele mencionou que instituições que foram fundadas em um contexto de aproximadamente 50 países-membros agora operam em um ambiente com 193 membros.

“Da mesma forma, com o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e, mais recentemente, a Organização Mundial do Comércio, são todas organizações importantes em um multilateralismo global para defender os interesses dos países e desenvolvimentos no futuro e que estão fora da realidade atual”, afirmou Mauro Vieira em sua declaração.

O evento contou com a presença do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e da primeira-dama, Janja Lula da Silva. Durante a cerimônia de entrega das obras de revitalização, Paes reiterou o desejo de que a cidade receba a próxima reunião do BRICS, onde o Brasil assumirá a presidência em 2025. A revitalização do MAM, uma das mais significativas dos últimos 25 anos, ocorreu em uma área de mais de 100 mil metros quadrados, abrangendo reformas nas áreas internas e no entorno do museu, além da recomposição do paisagismo, que foi projetado por Burle Marx.

Mauro Vieira também ressaltou a importância da realização da cúpula do G20 no MAM, descrevendo o grupo como uma plataforma de articulação global vital, onde as principais decisões geopolíticas são discutidas e decididas.

“Ter a cúpula no Rio de Janeiro, que é o cartão-postal do Brasil, é um marco de uma mudança também”, disse ele, fazendo alusão à relevância simbólica do local.

O G20 é um grupo que inclui 19 países e a União Europeia, abrangendo uma ampla diversidade de economias que representam cerca de 85% do produto interno bruto mundial, mais de 75% do comércio e aproximadamente dois terços da população global. A presidência do G20 é exercida de forma rotativa e, no período de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024, o Brasil será o país responsável pela liderança do grupo, que busca abordar questões econômicas globais e promover a cooperação internacional.

*Com informações da Sputnik News.


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