Países do G20 anunciam compromisso com reformas no Conselho de Segurança da ONU e na arquitetura financeira global

Na cúpula do G20 realizada em 2024, os países membros comprometeram-se a promover reformas no Conselho de Segurança da ONU e na arquitetura financeira global. O documento final da reunião destaca a necessidade de uma representação mais ampla no Conselho, com foco na inclusão de países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Além disso, a declaração inclui compromissos relacionados à redução das vulnerabilidades de dívida e à modernização de instituições financeiras como o FMI e o Banco Mundial.
Líderes do G20 durante a cúpula de 2024, onde foram discutidas mudanças no Conselho de Segurança da ONU e em organizações financeiras internacionais.

Na Cúpula de Líderes do G20, realizada em 2024, os países do grupo comprometeram-se a promover mudanças significativas no Conselho de Segurança da ONU. O compromisso se insere em um contexto de reestruturação das instituições internacionais, buscando torná-las mais representativas e alinhadas com as realidades do século XXI. A declaração final do evento, que contou com a participação das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana, enfatiza a necessidade de uma reforma “transformadora” no Conselho de Segurança, com o objetivo de melhorar a distribuição de responsabilidades entre os membros da ONU, tornando o órgão mais eficiente, democrático e transparente.

Além disso, o G20 também se comprometeu a expandir a composição do Conselho de Segurança, incluindo uma maior representação de países da África, Ásia-Pacífico e América Latina e Caribe, regiões historicamente sub-representadas. Embora o documento não tenha mencionado diretamente a extinção do poder de veto dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido), a inclusão da palavra “compromisso” nas reformas é vista como uma vitória para os países emergentes.

Outro ponto destacado na declaração foi o comprometimento dos países do G20 com a redução da dívida externa dos países mais pobres. O documento reconheceu a importância da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), que suspendeu bilhões de dólares em dívidas de países em desenvolvimento durante a pandemia de COVID-19. A declaração também incluiu um pedido para criar mecanismos mais eficazes para reduzir as vulnerabilidades da dívida, especialmente nos países de baixa e média renda.

O G20 também discutiu a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos bancos multilaterais de desenvolvimento. A proposta de aumentar a representação dos países emergentes e melhorar o cálculo das cotas do FMI foi reiterada, com ênfase na necessidade de criar um guia para o realinhamento das cotas até 2025. Além disso, os líderes reconheceram a importância de ampliar a capacidade do Banco Mundial em conceder financiamentos, especialmente para enfrentar desafios globais, como as mudanças climáticas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

No entanto, a proposta de permitir financiamentos em moedas locais, a fim de evitar o aumento da dívida em moeda estrangeira, não foi incluída no documento final. Em contrapartida, o G20 propôs que os bancos multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), participem de um relatório periódico sobre a implementação do novo roteiro aprovado para essas instituições, com foco em parcerias públicas e privadas.

*Com informações da Agência Brasil.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.