Governos, organizações multilaterais, bancos de desenvolvimento e instituições filantrópicas anunciaram um esforço coletivo para combater a fome e a pobreza extrema globalmente. Durante a Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro sob a presidência brasileira, foi oficializado o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que visa alinhar políticas públicas baseadas em evidências para transformar a vida de milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Os compromissos assumidos, conhecidos como “Sprints 2030”, abrangem seis áreas prioritárias: transferências de renda, alimentação escolar, inclusão socioeconômica, saúde materna e infantil, apoio à agricultura familiar e acesso à água. A iniciativa busca acelerar o progresso rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1 e 2, voltados para a erradicação da pobreza e da fome.
As projeções atuais indicam que 622 milhões de pessoas viverão em extrema pobreza em 2030, número muito superior à meta estabelecida. Da mesma forma, a fome afetará cerca de 582 milhões de pessoas no mesmo período, sem avanços significativos desde a adoção dos ODS em 2015. Esses dados impulsionaram a ação conjunta, liderada por 41 governos nacionais, 13 organizações internacionais e 19 instituições filantrópicas, além de bancos multilaterais de desenvolvimento, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial.
Entre os compromissos destacados, está o aporte de US$ 25 bilhões para programas nacionais alinhados à Aliança Global. Ilan Goldfajn, presidente do BID, enfatizou a importância da liderança brasileira no projeto, que visa alcançar 500 milhões de pessoas com programas de proteção social até 2030. Akihiko Nishio, do Banco Mundial, reforçou o papel do banco em apoiar ações de impacto duradouro nos países de baixa renda.
Na área de alimentação escolar, o objetivo é dobrar o número de crianças atendidas por programas de refeições diárias, alcançando 150 milhões até 2030. Países como Indonésia e Nigéria lideram com iniciativas de larga escala para garantir nutrição e acesso à educação. A inclusão socioeconômica também será reforçada, com metas de empoderar 100 milhões de pessoas, especialmente mulheres, oferecendo apoio técnico, microcrédito e oportunidades de empreendedorismo.
A agricultura familiar e os pequenos produtores são outra prioridade, reconhecendo seu papel fundamental na segurança alimentar. Programas específicos serão expandidos em parceria com agências da ONU, como FAO e FIDA, e o uso de tecnologias acessíveis, como cisternas, será ampliado para garantir acesso à água em áreas rurais.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou que políticas públicas bem estruturadas podem restaurar a esperança e a dignidade, citando o programa Bolsa Família como exemplo. A Aliança Global busca fortalecer a colaboração internacional para que esses compromissos resultem em mudanças concretas e sustentáveis.
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