A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quinta-feira (07/11/2024) uma operação contra uma empresa de investimentos suspeita de fraudar cerca de 10 mil pessoas em transações envolvendo criptomoedas e o mercado Forex. Denominada Operação Profeta, a ação cumpre um mandado de prisão preventiva e dez de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, focando em uma estrutura empresarial organizada para desviar recursos de investidores para o exterior.
Conforme informado pela PF, a empresa teria apropriado indevidamente de mais de R$ 260 milhões, repassando o valor para o exterior sem o conhecimento dos investidores. Segundo as investigações, a organização possuía um sistema sofisticado de captação de recursos, usando corretoras de criptomoedas como um canal para movimentar os fundos. A ação chamou atenção das autoridades pelo uso de discursos religiosos pelo principal suspeito, com o objetivo de fortalecer a confiança das vítimas e facilitar a obtenção dos aportes financeiros.
A investigação aponta que o esquema configurava múltiplas infrações ao sistema financeiro nacional. Entre os crimes atribuídos à empresa estão a apropriação indevida de valores, negociação de valores mobiliários sem registro ou autorização, funcionamento de instituição financeira sem permissão legal e evasão de divisas. Também estão sendo apuradas as práticas de administração de carteiras de investimento sem autorização, formação de organização criminosa com atuação transnacional e lavagem de dinheiro utilizando ativos virtuais.
A Operação Profeta é resultado de uma longa análise das atividades suspeitas da empresa e de suas conexões internacionais. As movimentações financeiras foram monitoradas pela PF, que identificou indícios de que o grupo desviava o dinheiro captado de investidores, conduzindo as transações de forma ilícita. Além das violações à legislação financeira, o uso da religião como meio de persuasão representa um agravante no caso, tendo sido uma estratégia deliberada para conquistar e manter a confiança dos investidores.
A Polícia Federal prossegue com a análise dos documentos e dos ativos apreendidos, que incluem computadores, celulares e registros contábeis da empresa. As autoridades também buscam identificar possíveis cúmplices e o destino final dos recursos transferidos para o exterior. O objetivo é interromper o funcionamento do esquema e devolver, se possível, parte dos valores investidos às vítimas do golpe.
*Com informações da Agência Brasil.
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