Política econômica de Donald Trump pode levar a novos recordes na dívida pública dos EUA, afirma economista

O economista Maksim Osadchy alerta sobre o impacto das promessas econômicas de Donald Trump na dívida pública dos Estados Unidos.
O economista Maksim Osadchy alerta sobre o impacto das promessas econômicas de Donald Trump na dívida pública dos Estados Unidos.

Se o candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprir suas promessas de campanha, os Estados Unidos poderão alcançar novos recordes na dívida pública, ao invés de reduzir o montante, conforme análise de Maksim Osadchy, chefe do departamento analítico do banco BKF. Em entrevista à Sputnik, Osadchy argumentou que as propostas de Trump, especialmente no campo das tarifas sobre importações, não resultarão em uma diminuição da dívida nacional, mas podem, na verdade, agravá-la.

Durante sua campanha, Trump reiterou várias vezes que, se eleito, pretende aumentar as tarifas sobre produtos importados, com a finalidade de reduzir o déficit comercial dos EUA e gerar mais receita para o governo. Entre as propostas do candidato republicano, destacam-se tarifas de 60% a 100% sobre produtos chineses e de 10% a 20% sobre outros produtos de países estrangeiros. Além disso, em setembro, Trump anunciou planos para implementar tarifas de 100% sobre os produtos dos países que se recusarem a pagar em dólares, uma medida que teria um impacto considerável nas relações comerciais internacionais.

Embora Trump também tenha prometido reduzir a dívida nacional e cortar impostos, Osadchy observa que essas promessas, se implementadas, podem ter o efeito oposto ao desejado. “A política populista de direita de Trump o levará inevitavelmente a outro recorde no aumento da dívida nacional. O financiamento do déficit orçamentário dos Estados Unidos, por meio da impressão de moeda, contribui para a desdolarização da economia global”, afirmou o economista. A desdolarização refere-se à diminuição do uso do dólar nas transações internacionais, uma tendência que já tem sido observada nos últimos anos.

Osadchy lembrou que, em 2016, Trump já havia prometido diminuir a dívida nacional dos Estados Unidos, que na época somava cerca de US$ 19 trilhões. Para isso, ele pretendia renegociar acordos comerciais e promover o crescimento econômico do país. Contudo, a implementação de tarifas protecionistas não obteve os resultados esperados.

“Essa ideia protecionista e ingênua não funcionou”, afirmou Osadchy, mencionando que, durante a presidência de Trump, a dívida nacional aumentou em US$ 7,8 trilhões, alcançando um montante de cerca de US$ 27,8 trilhões.

Recentemente, a Associated Press, uma das agências de notícias mais respeitáveis dos Estados Unidos, anunciou que Trump ultrapassou a barreira dos 270 votos necessários no Colégio Eleitoral, superando o número mínimo de votos para vencer a eleição presidencial. A posse de Trump como presidente dos Estados Unidos está marcada para 20 de janeiro de 2025, quando ele assumirá o cargo pela segunda vez.

*Com informações da Sputnik News.


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