O Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC-BA), em Salvador, em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), inaugura, na quinta-feira (07/11/2024), a exposição ‘Dona Fulô e Outras Joias Negras’. A mostra, que ficará em cartaz até 16 de fevereiro de 2025, traz à tona a resistência e o legado das mulheres negras no Brasil colonial, com especial foco na trajetória das “escravas de ganho” e das mulheres libertas que contribuíram para o surgimento da chamada “economia da liberdade” por meio de joias e outros trabalhos manuais.
A curadoria da exposição é estruturada em três núcleos distintos, que exploram diferentes aspectos da história e da cultura negra. O primeiro núcleo, “As Histórias de Florindas”, narra as vivências das mulheres negras na Bahia, com foco na luta pela liberdade e no papel desempenhado por essas mulheres no contexto social e econômico da época. O segundo núcleo, “As Raras Florindas”, exibe a coleção de Joias de Crioula, objetos usados por mulheres negras alforriadas no século XIX, que fazem parte do acervo do colecionador baiano Itamar Musse. O último núcleo, “As Armas Florindas”, é dedicado à exploração contemporânea da herança afro-brasileira, com obras de artistas que utilizam diversas mídias para reinterpretar e projetar as influências culturais negras no Brasil atual.
Entre os destaques da exposição está a figura de Florinda Anna do Nascimento, conhecida como Dona Fulô, cuja imagem adornada por joias e sua contribuição para a história das mulheres negras foram fundamentais para a concepção da mostra. A exposição não apenas resgata a importância cultural dessas mulheres, mas também propõe um olhar mais profundo sobre a resistência negra ao longo da história do Brasil.
No mesmo dia da inauguração, será lançado o livro ‘Florindas’, dividido em dois volumes: Joias na Bahia e Preciosa Florinda. A obra oferece um registro fotográfico e textual da trajetória de Florinda Anna do Nascimento, além de apresentar a coleção completa de joias do acervo de Itamar Musse, acompanhada de análises sobre o significado cultural desses objetos.
A programação do MAC-BA para os dias 7 a 10 de novembro, além da exposição, inclui uma série de atividades complementares, como o lançamento do livro com conversa do editor Charles Cosac, bate-papo com as curadoras Carol Barreto, Eneida Sanches e Marília Panitz, e oficinas de desenho e animação. Outras atividades também estão previstas, incluindo cineclubes, visitas guiadas e programas de bem-estar, como o ‘Amanhecer no MAC’, com práticas de chi kung, yoga, pilates e dança.
A inauguração da exposição marca o início das atividades culturais desta semana nos museus vinculados ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), que oferecem uma programação diversificada em diversas instituições, como o Museu de Arte da Bahia (MAB), o Museu de Arte da Bahia (MAM), o Parque Histórico Castro Alves, entre outros.
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