O Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (12/12/2024), que realizará dois leilões de até US$ 4 bilhões das reservas internacionais para conter a alta do dólar, uma medida que visa estabilizar o mercado cambial. O leilão será realizado na modalidade de “linha”, onde a autoridade monetária vende as reservas com compromisso de recompra, ou seja, se compromete a adquirir de volta os dólares no futuro. Os leilões ocorrerão em duas etapas: o primeiro, no valor de até US$ 2 bilhões, terá recompra prevista para 4 de fevereiro de 2025, enquanto o segundo, também de até US$ 2 bilhões, terá recompra marcada para 2 de abril de 2025.
Essa ação ocorre após um período de instabilidade no mercado de câmbio e se soma a um aumento da taxa básica de juros, a Selic, que foi elevada em 1 ponto percentual pelo Banco Central. A última intervenção do BC no mercado cambial aconteceu em 13 de novembro, quando também foram leiloados US$ 4 bilhões com o compromisso de recompra. Essa prática de intervir nas reservas internacionais é uma ferramenta utilizada pelo Banco Central para garantir maior estabilidade ao mercado de câmbio e reduzir as pressões inflacionárias que podem ser causadas pela alta do dólar.
Os leilões de “linha” são operações mais raras, mas eficazes para atender a situações de volatilidade no mercado financeiro. A venda das reservas com compromisso de recompra visa garantir que o impacto da operação seja temporário, uma vez que o BC irá recomprar os dólares no futuro. Já o último leilão à vista, em que o Banco Central vendeu reservas sem compromisso de recompra, aconteceu em 30 de agosto, quando foram vendidos US$ 1,5 bilhão.
Apesar das recentes flutuações no câmbio, o dólar fechou em queda nesta quarta-feira (12), cotado a R$ 5,968, uma redução de 1,3% em relação ao dia anterior. Essa foi a primeira vez em duas semanas que a cotação do dólar ficou abaixo da marca de R$ 6. O movimento de queda da moeda norte-americana ocorre em meio à alta da Selic e também em um contexto de incertezas sobre a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que tem gerado uma dinâmica de especulação no mercado financeiro.
A ação do Banco Central, portanto, tem como objetivo proporcionar mais previsibilidade ao mercado cambial, além de minimizar as possíveis consequências econômicas de uma valorização excessiva do dólar, especialmente no que diz respeito à inflação e ao impacto sobre a balança comercial do país.
*Com informações da Agência Brasil.
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