A crise humanitária em Gaza tem impactos severos sobre as crianças, tornando a região o local com o maior número per capita de menores amputados no mundo, de acordo com a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa). Muitas crianças perderam membros durante os bombardeios e passaram por cirurgias sem anestesia devido à falta de insumos médicos.
Dados da Unrwa indicam que essas crianças enfrentam dificuldades para obter serviços de reabilitação, agravando ainda mais os efeitos físicos e psicológicos das lesões. Antes do conflito, uma em cada cinco famílias em Gaza já tinha pelo menos uma pessoa com deficiência, das quais quase metade eram crianças. A guerra intensificou essa realidade, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimando que 25% das pessoas feridas durante o conflito sofreram lesões permanentes, incluindo amputações e traumas na medula espinhal.
Além das questões de saúde, a crise alimentar se intensifica. A Unrwa relatou que a passagem de Kerem Shalom, atualmente o principal corredor de ajuda para Gaza, foi alvo de saques por gangues armadas. No último incidente, todos os caminhões que transportavam alimentos e suprimentos foram levados, forçando a suspensão das entregas. O comissário-geral da Unrwa, Philippe Lazzarini, afirmou que a rota tem se mostrado insegura há meses, com registros de roubos em comboios de ajuda.
Louise Wateridge, porta-voz da Unrwa, relatou as condições em um abrigo na cidade de Deir Al-Balah, onde mais de 6 mil pessoas estão alojadas. Famílias dormem em pisos frios e molhados, enquanto a desnutrição se agrava. Em uma das escolas utilizadas como abrigo, Wateridge testemunhou crianças implorando por pão, destacando o impacto direto da escassez alimentar sobre os menores.
A situação em Gaza reflete o agravamento da crise humanitária em meio à continuidade do conflito, com a população civil enfrentando desafios críticos em saúde, segurança e nutrição.
*Com informações da ONU News.
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