Conflitos em Alepo intensificam crise humanitária na Síria, alerta ONU

A intensificação dos conflitos em Alepo, na Síria, agrava a crise humanitária, com mais de 457 mortos e 50 mil deslocados em poucos dias. A ONU alertou para os riscos de ampliação dos confrontos e os impactos sobre a população civil, já fragilizada por anos de guerra.
Alepo enfrenta impacto severo de ofensivas armadas, com hospitais sobrecarregados e milhares de deslocados.

A recente escalada dos confrontos em Alepo, a segunda maior cidade da Síria, tem gerado preocupação entre organismos internacionais, intensificando o sofrimento da população. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, mais de 457 pessoas morreram, incluindo 72 civis, enquanto 50 mil foram forçadas a abandonar suas casas nos últimos dias. A ofensiva foi liderada por grupos armados não estatais, como o Hay’at Tahrir Al-Sham, que agora controla parte da cidade.

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou preocupação com os danos causados aos civis, enfatizando que os conflitos têm resultado em mortes, destruição de bens civis e colapso de serviços essenciais, como saúde e educação. O porta-voz de Turk, Jeremy Laurence, destacou que as instalações médicas e mercados locais estão entre os alvos atingidos, dificultando ainda mais o acesso à assistência humanitária.

O sistema de saúde de Alepo enfrenta desafios significativos, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Das 42 unidades hospitalares que estavam operacionais antes do início da escalada, muitas estão funcionando de forma parcial, com falta de suprimentos e pessoal. A representante interina da OMS na Síria, Christina Bethke, relatou que médicos e enfermeiros estão sobrecarregados com casos de trauma e trabalhando sob riscos extremos.

Em nota, a Comissão Internacional de Inquérito sobre a Síria apelou para que todas as partes respeitem o direito internacional e protejam os civis. Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão, alertou para o risco de repetição da brutalidade dos últimos anos e pediu que todas as partes rompam com padrões anteriores de violência.

A situação em Alepo ameaça se espalhar para outras regiões do país, com relatos indicando que o governo e aliados preparam contra-ataques. A ONU teme que a ampliação dos confrontos resulte em mais mortes e deslocamentos, agravando uma crise que já afeta milhões de pessoas. Além da violência, a população enfrenta colapso econômico e a atuação de grupos armados predatórios, que intensificam o sofrimento.

*Com informações da ONU News.


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