O Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CROBA) tem se mostrado firme em sua postura contrária à oferta de cursos de graduação em saúde na modalidade a distância. O presidente da autarquia, Dr. Marcel Arriaga, ressalta que a formação dos profissionais de saúde exige interação direta com pacientes e práticas que não podem ser adequadamente desenvolvidas de forma remota. Em sua avaliação, a modalidade EAD, apesar de ser eficaz em outras áreas do conhecimento, não é viável para cursos que envolvem a prática clínica e o relacionamento interpessoal com os pacientes.
Em declarações recentes, Arriaga argumentou que a formação de profissionais de saúde, especialmente na odontologia, exige que o aluno tenha contato direto com os pacientes desde o início de sua formação.
“A gente não consegue imaginar uma formação de um profissional de saúde à distância. A gente até acredita que em outras áreas isso seria possível, num país com extensão territorial como a nossa. Mas na área da saúde, todas as práticas necessitam do paciente. Inclusive, a questão da humanização. O aluno aprende desde cedo a se relacionar”, afirmou.
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados tem promovido debates sobre o Novo Marco Regulatório para o ensino a distância, uma proposta que inclui a possibilidade de cursos de graduação na área da saúde nessa modalidade. O CROBA, por sua vez, tem reiterado a importância do ensino presencial, onde o aluno pode vivenciar situações práticas e estabelecer a relação direta com o paciente, elemento central da profissão. Arriaga acrescenta que a habilidade de lidar com a condição psicológica do paciente, por exemplo, é algo que não pode ser transmitido de forma virtual.
“O ensino na área da saúde envolve mais do que o aprendizado técnico. No caso da odontologia, como é que você vai ensinar uma anestesia online? Como é que você vai ensinar a fazer uma restauração, que tenha todas as condições de saliva online? Como é que você ensina o aluno a lidar com os medos, com as angústias do paciente?”, questiona Arriaga.
O presidente do CROBA reforça que o contato direto com o paciente e o aprendizado prático são elementos essenciais para a formação do profissional de saúde, e que a experiência ao vivo é insubstituível nesse contexto.
Diante disso, o CROBA segue defendendo a preservação da formação presencial dos profissionais de saúde, com especial ênfase na importância da prática clínica desde as primeiras etapas da graduação.
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