Drone Albatroz com turbina 100% nacional marca avanço na indústria de defesa brasileira

O drone Albatroz, desenvolvido pela empresa Stella Tecnologia, foi projetado para atender às necessidades da Marinha do Brasil e conta com turbinas 100% nacionais, um marco para a indústria de defesa do país. O novo modelo foi apresentado na Mostra BID Brasil, em Brasília, e destaca-se pela sua capacidade de operação a altitudes superiores a diversas aeronaves, além de possuir tecnologia nacional que visa reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros. A iniciativa representa um avanço significativo para o Brasil no campo da autonomia tecnológica.
Drone Albatroz, desenvolvido pela Stella Tecnologia, é destacado como marco para a indústria de defesa com turbinas 100% nacionais, apresentando novas possibilidades para a Marinha do Brasil.

O drone Albatroz, projetado pela Stella Tecnologia, foi apresentado na Mostra BID Brasil, realizada em Brasília, e se destaca como um avanço tecnológico para a indústria de defesa brasileira. O veículo aéreo não tripulado (VANT) foi desenvolvido para atender às demandas específicas da Marinha do Brasil, principalmente para operações a partir do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico. Sua principal característica é a turbina 100% nacional, fabricada pela Aero Concepts, que proporciona ao drone a capacidade de operar a altitudes de até 40 mil pés (12 mil metros), o que o coloca acima de diversas aeronaves, incluindo algumas de uso civil.

Com velocidade de até 250 km/h, o Albatroz foi projetado para transportar sensores, radares e pequenos mísseis. Segundo Gilberto Buffara, CEO da Stella Tecnologia, o drone foi desenvolvido para operar no Atlântico, um porta-helicópteros da Marinha, que necessitava de um modelo capaz de decolar e pousar dentro das limitações de espaço do navio. O Albatroz é o segundo maior VANT de grande porte fabricado no Brasil, superado apenas pelo Atobá, também desenvolvido pela mesma empresa.

João Gabriel Burmann, pesquisador do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE), destacou a turbina nacional do Albatroz como um dos maiores diferenciais do modelo. A turbina não apenas possibilita que o drone atinja altitudes mais elevadas, mas também garante maior autonomia e capacidade de decolagem com cargas mais pesadas. Burmann ainda explica que, embora os drones atualmente em operação no Brasil não possuam armamentos, o Albatroz pode ser configurado para carregar munições errantes ou mísseis pequenos, ampliando suas funções para além do monitoramento e vigilância.

Além de suas características técnicas, o Albatroz possui a capacidade de operar em pistas curtas, de aproximadamente 150 metros, o que o torna viável para operações em navios, como o Atlântico. A expectativa é que o primeiro protótipo do drone seja utilizado pela Marinha do Brasil em missões de monitoramento e apoio a operações de busca e salvamento, ampliando a atuação dos VANTs no país.

A turbina nacional do Albatroz, que marca um ponto de inflexão na indústria de defesa brasileira, pode contribuir para a soberania tecnológica do Brasil. Atualmente, o país depende de turbinas importadas para aeronaves, como as da Embraer, o que limita a autonomia nas operações de exportação e desenvolvimento de novos projetos. Burmann observa que, embora o Albatroz ainda seja um modelo menor comparado a aeronaves de maior porte, o desenvolvimento de turbinas nacionais representa um marco importante para a inovação e a capacidade de produção no setor de defesa.

*Com informações da Sputnik News.


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