O serviço de fumacê foi intensificado em Feira de Santana como medida emergencial no enfrentamento ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de arboviroses como dengue, zika e chikungunya. De acordo com a Vigilância Epidemiológica (Viep), as motocicletas adaptadas para a aplicação de inseticida percorreram mais de 3.742 ruas da cidade, priorizando os bairros com maior índice de infestação.
Entre os bairros atendidos, a região do CIS/Tomba teve aproximadamente 330 ruas contempladas, enquanto no bairro Campo Limpo e arredores o serviço alcançou 214 ruas. O Conjunto Feira X foi coberto em 195 ruas, e o bairro Cidade Nova contou com mais de 105 vias atendidas. A coordenadora da Viep, Carlita Correia, destacou que a definição das áreas de atuação foi baseada em registros que apontaram alta incidência de mosquitos.
“A utilização da moto para espalhar o inseticida faz parte de uma estratégia do programa de combate às arboviroses. Embora o produto atinja outros insetos, como as muriçocas, esse não é o objetivo principal do fumacê e não há recomendação do Ministério da Saúde para essa finalidade. Vale destacar que essa medida é adotada de forma emergencial, devido ao cenário de epidemia. Por isso, seu uso precisa ser controlado, visando proteger tanto o meio ambiente quanto a saúde da população”, explicou Carlita Correia.
O Ministério da Saúde reforça que o fumacê é indicado exclusivamente para o controle do Aedes aegypti e que sua utilização requer critérios rigorosos para evitar impactos ambientais e riscos à saúde humana. No caso das muriçocas, as orientações incluem o uso de repelentes, instalação de telas em janelas e uso de mosquiteiros.
A aplicação de fumacê integra as ações emergenciais adotadas pela Viep para conter a proliferação de mosquitos em áreas com alto índice de infestação. Além da pulverização, a população é incentivada a eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti, como recipientes com água parada, prática fundamental para evitar a disseminação das arboviroses.
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