Manoel de Emília: Uma vida dedicada à fé, esporte e comunidade de Feira de Santana

Manoel de Emília, nascido em Irará e figura marcante em Feira de Santana, destacou-se como desportista, religioso e promotor de eventos culturais. Fundador de clubes esportivos e envolvido na criação da Micareta, construiu um legado baseado em valores familiares, fé e serviços à comunidade. Sua memória permanece viva, refletida em uma rua que leva seu nome.
Manuel de Emília foi fundador de clubes esportivos e participante ativo na criação da Micareta.

Manoel Fausto dos Santos, popularmente conhecido como Manoel de Emília, nasceu em 1898, na cidade de Irará. Filho de Manuel da Circuncisão e Dona Emília, mudou-se ainda criança para Feira de Santana, onde a mãe trabalhou na residência do padre Amílcar Marques de Oliveira, pároco da Igreja Matriz. Educado sob princípios religiosos, foi coroinha até os 15 anos, aprendendo latim e desenvolvendo habilidades artísticas como desenho e pintura.

Manoel iniciou sua carreira profissional como pintor de tabuletas e operador de cinema no Cine Santana, mais tarde transferindo-se para o Cine Teatro Íris. Como músico, integrou a banda da Sociedade Filarmônica Euterpe Feirense. Dinâmico, foi um dos primeiros corretores de imóveis da cidade, negociando terrenos com propostas inovadoras para a época.

Em 1937, fundou o Floresta FC, clube que posteriormente se tornou o Botafogo FC de Feira de Santana. Apesar disso, era torcedor fervoroso do Fluminense, influenciando diretamente a fundação do Fluminense de Feira. Manoel também foi peça-chave na organização da primeira Micareta, evento que se tornou uma tradição cultural local. Além disso, liderou blocos carnavalescos como Filhos do Sol e Melindrosas.

No âmbito familiar, foi casado com Dona Rosa Ferreira Santos, com quem teve 13 filhos, dois deles se destacando no futebol. Dedicado à fé, reunia a família diariamente para rezar a Ave Maria, mantendo a prática até o fim de sua vida. Sua relação com o Botafogo de Feira era marcada por dedicação intensa, chegando a mastigar charutos durante os jogos como forma de controlar a emoção.

Manoel contribuiu para o desenvolvimento urbano do Tanque da Nação, criando um campo de futebol e abrindo vias como a Rua Ipirá, posteriormente renomeada em sua homenagem. Faleceu em 1992, aos 94 anos, deixando um legado que vai além do esporte, influenciando a cultura e os valores comunitários de Feira de Santana.


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