O Museu da Misericórdia, um dos principais espaços culturais de Salvador, reabre suas portas na próxima terça-feira (17/12/2024), após um período de três anos dedicado a obras de requalificação e restauro. Localizado no Centro Histórico da cidade, o museu pertence à Santa Casa de Misericórdia da Bahia e foi fundado em 2006, em um palacete do século XVII, que abrigou o primeiro hospital da Bahia. O espaço, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1938, apresenta um acervo de mais de 3.800 peças, distribuídas entre categorias como alfaia, mobiliário, pinacoteca e imaginária.
O evento de reinauguração, agendado para a segunda-feira (16), será restrito a convidados e contará com o vernissage da exposição “O Cotidiano Lírico”, do artista plástico Floriano Teixeira (1923-2000), e o lançamento do livro “Santa Casa de Misericórdia da Bahia: Quando Palavra é Ação – 475 Anos de Memórias”, de Antonio Risério, com fotografias de Fábio Knoll. A exposição ficará em cartaz até o dia 20 de fevereiro de 2025 e terá curadoria da museóloga e historiadora Simone Trindade, diretora-operacional da Tecnomuseu.
A partir do dia 17, o Museu da Misericórdia estará aberto para visitação do público de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 16h30. Os ingressos poderão ser adquiridos no local, com preços de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia entrada). Nos domingos e feriados, o museu permanecerá fechado.
A renovação do museu envolveu a criação de novos espaços expositivos, um auditório com capacidade para 100 pessoas, além da restauração da Igreja da Misericórdia, que inclui a recuperação do teto artístico e dos 45 painéis de pintura. Para facilitar o acesso ao público com dificuldades de locomoção, foi instalado um elevador. A obra de requalificação, com investimentos de R$ 11,3 milhões, foi coordenada pela Superintendência de Obras Públicas (Sucop) e contou com recursos da Prefeitura Municipal de Salvador e do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça.
Nos últimos seis meses, o museu passou por ajustes finais, incluindo a montagem de mobiliário, painéis e vitrines, além da implantação de novos recursos de interatividade e sinalização. A instituição também manteve sua exposição fixa, composta por 14 obras que representam as Obras de Misericórdia da Santa Casa, com peças de artistas renomados, como Bel Borba, Christian Cravo, Mário Cravo Júnior, entre outros. O museu é certificado pelo Sistema Brasileiro de Museus (MINC) e figura entre os mais visitados da Bahia, recebendo anualmente mais de 50 mil visitantes.
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