O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) anunciou, em 2024, os vencedores do prêmio anual “Campeões da Terra”, a mais alta honraria ambiental da ONU. Esta premiação reconhece pessoas e iniciativas cujas ações têm gerado impacto transformador na preservação ambiental. Desde sua criação, em 2005, o prêmio tem celebrado a liderança de 122 laureados que se destacam por seu trabalho em prol da sustentabilidade e da proteção do meio ambiente.
Em 2024, seis indivíduos e uma organização foram homenageados por suas contribuições excepcionais à causa ambiental. Entre os laureados está Sonia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas do Brasil, premiada na categoria Liderança Política. Guajajara tem defendido os direitos indígenas por mais de duas décadas e, sob sua liderança, 10 territórios indígenas foram demarcados, protegendo essas áreas do desmatamento e da exploração ilegal.
Na categoria Inspiração e Ação, Amy Bowers Cordalis, defensora dos direitos indígenas, foi reconhecida por seu trabalho com a tribo Yurok e o rio Klamath, nos Estados Unidos. Cordalis tem liderado esforços para restaurar ecossistemas fluviais e promover práticas pesqueiras sustentáveis, defendendo ao mesmo tempo os direitos das comunidades indígenas locais. Outro premiado na mesma categoria foi Gabriel Paun, fundador da ONG Agent Green, que tem atuado na proteção das florestas dos Cárpatos, na Romênia, expondo práticas ilegais de desmatamento e enfrentando ameaças pela defesa da biodiversidade.
A categoria Ciência e Inovação foi destinada ao cientista Lu Qi, da China, reconhecido por seu trabalho no combate à desertificação e à degradação de terras. Lu é o responsável pelo maior projeto de florestamento do mundo, a Grande Muralha Verde, que visa restaurar áreas afetadas por desertos e melhorar o equilíbrio ecológico na China. Madhav Gadgil, ecologista da Índia, foi premiado na categoria Conquista de Uma Vida, por sua pesquisa e engajamento com comunidades locais na proteção dos ecossistemas da região dos Gates Ocidentais, um dos hotspots de biodiversidade global.
Por fim, a organização SEKEM, premiada na categoria Visão Empreendedora, tem contribuído para transformar áreas áridas do Egito em negócios agrícolas sustentáveis, promovendo a agricultura biodinâmica e reflorestamento, ajudando a restaurar ecossistemas e a melhorar a qualidade de vida local.
O reconhecimento desses líderes ambientais ocorre em um momento crucial para a preservação do planeta, com a desertificação e a degradação de terras afetando bilhões de pessoas ao redor do mundo. Estima-se que até 2050, três quartos da população mundial serão afetados por secas. Nesse contexto, o PNUMA e seus parceiros globais estão engajados em acelerar a restauração de ecossistemas, com o objetivo de restaurar 1 bilhão de hectares de terra até 2030.
A campanha #GeraçãoRestauração do PNUMA, dentro da Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas (2021-2030), visa apoiar os esforços de restauração de ecossistemas ao redor do mundo, com ênfase na reabilitação de áreas degradadas para promover a resiliência ambiental e combater as mudanças climáticas.
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