Gastão Guimarães: Contribuição para a medicina, educação e esporte de Feira de Santana

Gastão Cloves de Souza Guimarães, nascido em 1º de janeiro de 1891, em Belmonte, foi uma personalidade que exerceu notável influência em Feira de Santana nas primeiras décadas do século XX. Atuando em diversas frentes, ele contribuiu de forma significativa para a medicina, a educação e o esporte da cidade.

Na área da medicina, Guimarães era reconhecido por seu caráter humanitário e filantrópico, o que lhe garantiu grande respeito na comunidade. Seus pacientes e amigos o viam como um verdadeiro sacerdote, sempre disposto a ajudar e orientar. Sua atuação no campo da saúde, embora amplamente respeitada, não foi sua única contribuição para a sociedade feirense.

Além de médico, Gastão Guimarães se destacou como educador. Ele foi professor de Língua Portuguesa e Literatura, atuando em uma das mais importantes instituições de ensino do estado da Bahia, o Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG), criado em sua homenagem. Durante o período de 1938 a 1943, Guimarães foi diretor do IEGG, um período em que a instituição se consolidou como um dos principais centros formadores de professores do interior da Bahia. Além do domínio do Português, ele também dominava outras línguas, como Latim, Francês e Grego, e se destacou como orador, sendo responsável pela Oração Fúnebre do Monsenhor Tertuliano Carneiro da Silva em 1933.

A paixão de Gastão Guimarães pelo esporte, especialmente pelo futebol, também é parte de seu legado. Ele foi fundamental para a conquista do Campeonato Intermunicipal de Futebol de 1921, um evento marcante na história esportiva de Feira de Santana. Na final, a cidade derrotou Ilhéus por 1 a 0, no Estádio das Graças, em Salvador, um marco esportivo da época.

Gastão Guimarães faleceu em 24 de agosto de 1954, aos 63 anos, no mesmo dia da morte do presidente Getúlio Vargas. Ele foi casado com Palmira Guimarães, com quem teve quatro filhos: Itan, Arminda, Unapetinga e Niá. Seu legado continuou por meio de sua descendência, como no caso de Helder Alencar, seu neto, que se destacou como advogado, jornalista e escritor, e que teve papel ativo na política local.