Permanência de Israel no Líbano após prazo de retirada intensifica conflitos e gera mortes

A permanência das forças israelenses no sul do Líbano, após o prazo de retirada estabelecido em acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, agravou as tensões na região. Pelo menos 22 pessoas morreram e 124 ficaram feridas em ações militares. A ONU pede a renovação do compromisso entre as partes para evitar novas escaladas.
Tropas da Unifil monitoram a situação, e as Forças Armadas Libanesas trabalham para restabelecer serviços básicos.

Altos funcionários da ONU declararam neste domingo que Israel não cumpriu o prazo de retirada estabelecido no acordo de cessar-fogo firmado com o Hezbollah em 27 de novembro de 2024. Segundo o acordo, as tropas israelenses deveriam ter deixado o sul do Líbano até este fim de semana, mas permaneceram na região, alertando os civis libaneses a não retornarem às suas casas devido a alegadas violações dos termos do cessar-fogo.

De acordo com agências de notícias, ações militares das Forças de Defesa de Israel resultaram na morte de 22 pessoas e deixaram mais de 124 feridas. A área continua a ser patrulhada pela Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), conforme estipulado pela resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.

Em declaração conjunta, a coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, e o comandante da Unifil, Aroldo Lázaro, solicitaram que ambas as partes renovem urgentemente o compromisso com o acordo e implementem a resolução de forma integral. Segundo eles, essas ações são indispensáveis para encerrar as hostilidades e permitir a estabilidade na região.

Apesar de a violência ter diminuído em muitas áreas do sul do Líbano, as condições para o retorno seguro da população civil permanecem inadequadas. A Unifil afirmou que os disparos contra civis devem cessar imediatamente e que novas ações violentas podem comprometer ainda mais a segurança na área.

A pedido das Forças Armadas Libanesas (LAF), tropas da ONU estão sendo mobilizadas em regiões estratégicas para monitorar a situação e evitar escaladas. No entanto, a missão ressaltou que a gestão de multidões não faz parte de seu mandato, limitando suas ações em determinados contextos.

A ONU também destacou que, com o apoio da Unifil, as Forças Armadas Libanesas têm avançado no restabelecimento de serviços essenciais e na facilitação do acesso humanitário. A formação do governo libanês, ainda em curso, é considerada um passo importante para restabelecer a confiança entre o Estado e a população.

*Com informações da ONU News.


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