A publicação, neste mês de janeiro de 2025, do documento Antiqua et Nova, resultado da colaboração entre os Dicastérios para a Doutrina da Fé e para a Cultura e Educação, reflete sobre a relação entre Inteligência Artificial (IA) e inteligência humana. O texto enfatiza que a IA deve ser tratada como ferramenta complementar e não como substituta das capacidades humanas, destacando a importância de sua utilização em prol do bem comum e da dignidade da pessoa.
A nota analisa os impactos da IA em diferentes setores. Na educação, aponta benefícios como o aumento do acesso e a personalização do ensino, mas alerta para riscos, como a diminuição do pensamento crítico e a propagação de informações imprecisas. No campo da saúde, a IA é vista como aliada no diagnóstico e tratamento, mas seu uso não deve substituir a interação humano-médico, sob pena de agravar a solidão dos pacientes e reforçar desigualdades no acesso aos serviços de saúde.
No setor econômico, o documento observa que a IA pode impulsionar a produtividade e criar empregos, mas também pode gerar vigilância automatizada e reduzir a criatividade dos trabalhadores. Em conflitos armados, a nota destaca os riscos éticos de sistemas autônomos letais e apela por uma regulação rigorosa contra tecnologias que possam ameaçar a sobrevivência humana.
O documento também discute as implicações éticas das fake news e da manipulação digital, pedindo vigilância sobre o uso da IA na criação de conteúdos falsos, como vídeos e imagens deepfake. A mensagem central reforça que o progresso tecnológico deve estar subordinado ao respeito pela dignidade humana, sendo responsabilidade coletiva assegurar que a IA seja desenvolvida para servir ao bem comum.
*Com informações do Vatican News.
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