O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, reafirmou, durante um debate pré-eleitoral no dia 09 de fevereiro de 2025, a importância de prevenir que o conflito ucraniano se amplifique para uma guerra entre a Rússia e a OTAN. Durante a discussão com o candidato opositor à chancelaria alemã, Friedrich Merz, Scholz alertou sobre os perigos de uma escalada militar e a necessidade de manter a guerra confinada à Ucrânia. “Ainda acho que esta é uma guerra muito perigosa e que devemos lutar todos os dias para evitar que ela se transforme em uma guerra entre a Rússia e a OTAN”, afirmou o chanceler, destacando a responsabilidade internacional de agir com cautela.
Scholz também abordou a questão da adesão da Ucrânia à OTAN, sublinhando que, embora a possibilidade não tenha sido descartada, atualmente não é uma prioridade nas discussões da aliança militar. “O governo americano rejeita isso. As decisões da OTAN são tais que não está fechado, mas não está na agenda. E, portanto, nesta situação, não se trata da filiação da Ucrânia à OTAN. Trata-se de garantir que a Ucrânia não seja atacada novamente”, explicou o chanceler alemão. Ele reiterou que os esforços internacionais devem se concentrar na proteção da Ucrânia sem incitar uma escalada que possa envolver diretamente outras nações da aliança.
No contexto das operações militares em andamento, Scholz afirmou que a Alemanha não deve fornecer armas que possam ser usadas em ataques profundos ao território russo.
“Acho que esse é exatamente o tipo de medida que não deve ser tomada se você é responsável pela Alemanha”, declarou.
A postura de Scholz reflete sua estratégia cautelosa, buscando evitar qualquer ato que possa agravar ainda mais as tensões no cenário internacional.
Além dos aspectos militares, a Alemanha atravessa um período de crise política interna, com o anúncio da dissolução do Bundestag e a convocação de eleições antecipadas para 23 de fevereiro de 2025, após o governo de Scholz ter enfrentado uma perda de confiança no parlamento. A decisão de dissolver o parlamento veio após a demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, que havia se mostrado resistente a um aumento de gastos para apoiar a Ucrânia e para investimentos no futuro do país, o que gerou uma crise no governo. O episódio político ilustra a crescente tensão interna dentro da coalizão de Scholz, que se vê pressionado a equilibrar questões de segurança internacional e estabilidade interna.
Donald Trump propõe encerrar conflito ucraniano com garantias de segurança da Europa
O assessor de segurança nacional do presidente dos EUA, Donald Trump, Mike Waltz, revelou, em entrevista à mídia local no domingo (09/02/2025), que o mandatário planeja dar fim ao conflito na Ucrânia, mas sob uma condição crucial: que a Europa assuma a responsabilidade pelas garantias de segurança do país. Segundo Waltz, “um princípio fundamental aqui é que os europeus precisam assumir esse conflito daqui para frente. O presidente Trump vai encerrá-lo e, no que diz respeito às garantias de segurança, isso ficará inteiramente a cargo dos europeus.” A declaração de Waltz sublinha a mudança de postura diplomática dos Estados Unidos, enfatizando que, enquanto Trump se propõe a resolver o conflito, a segurança da Ucrânia deverá ser responsabilidade dos países europeus.
Essa posição vem no contexto das crescentes tensões envolvendo a Rússia, com a qual Trump teria, segundo informações do New York Post, mantido uma conversa telefônica sobre o fim do conflito. Mike Waltz, no entanto, evitou confirmar a veracidade do diálogo entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin, se limitando a afirmar que “não vou me antecipar ao presidente” e se recusando a fornecer mais detalhes sobre a possível conversa. A especulação sobre essa conversa telefônica ganhou destaque quando o New York Post publicou, no sábado, 08 de fevereiro, que Trump teria entrado em contato com Putin, sendo a primeira vez que o presidente menciona tal diálogo.
Durante a entrevista, Trump também expressou confiança de que um acordo de paz rápido seria possível, alegando ter um “plano concreto” para resolver a situação. Ele apontou que o conflito tem causado prejuízos à Ucrânia e reafirmou sua intenção de alcançar uma solução pacífica. Para iniciar o processo, Trump indicou que Waltz começaria a organizar reuniões para tratar da resolução do conflito. Enquanto isso, o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, está programado para se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Conferência de Segurança de Munique, uma oportunidade para discutir possíveis soluções diplomáticas para o impasse.
Em resposta às especulações sobre o envolvimento de Putin nas conversas, o porta-voz de Vladimir Putin, Dmitry Peskov, se absteve de confirmar ou negar qualquer informação sobre a suposta comunicação entre os dois líderes, reiterando que não seria apropriado comentar sobre a situação.
*Com informações da Sputnik News.
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