Concorrentes da Starlink iniciam disputa para dominar a Internet via satélite no Brasil

A Starlink, serviço de Internet via satélite de alta velocidade operado pela SpaceX de Elon Musk, enfrenta crescente concorrência no Brasil. Empresas chinesas, como a SpaceSail, e iniciativas como o Project Kuiper, fundado por Jeff Bezos, buscam consolidar presença no país e desafiar o domínio da Starlink, que tem expandido sua rede de satélites desde 2020. A disputa se intensifica, com o governo brasileiro favorecendo a diversidade de fornecedores para oferecer acesso à Internet de alta velocidade em áreas remotas.
A Starlink planeja expandir sua constelação para 42.000 satélites até o final da década. No entanto, a crescente competição ameaça a liderança de Musk no setor.

A Starlink, com seus satélites em órbita baixa da Terra (LEO, na sigla em inglês), tem sido pioneira no fornecimento de Internet de alta velocidade para regiões distantes e remotas. Desde 2020, a empresa lançou mais satélites do que todos os seus concorrentes combinados, atingindo uma marca de cerca de 7.000 satélites em operação. A Starlink planeja expandir sua constelação para 42.000 satélites até o final da década. No entanto, a crescente competição ameaça a liderança de Musk no setor.

A SpaceSail, uma empresa chinesa com sede em Xangai, firmou recentemente um acordo para operar no Brasil e já iniciou suas operações no Cazaquistão, expandindo rapidamente sua rede de satélites. A empresa está planejando lançar 648 satélites LEO em 2025, com um objetivo mais ambicioso de alcançar 15.000 até 2030. Este movimento é parte de uma estratégia maior da China, que planeja lançar até 43.000 satélites LEO nas próximas décadas, em um esforço para estabelecer uma presença dominante no setor de comunicação via satélite.

Além da SpaceSail, o Project Kuiper, iniciativa liderada por Jeff Bezos, está em negociação com o Brasil, buscando expandir seus serviços no país. O projeto de Bezos tem como objetivo lançar uma rede de satélites para fornecer Internet de alta velocidade em áreas de difícil acesso. A Telesat, do Canadá, também tem manifestado interesse em disputar o mercado brasileiro, que está se tornando cada vez mais competitivo.

O governo brasileiro vê a entrada de novos competidores como uma oportunidade para aumentar a oferta de Internet de alta velocidade, especialmente em regiões mais afastadas, como a Amazônia, onde a Starlink tem sido a principal fornecedora. A concorrência pode resultar em serviços mais acessíveis, conforme o Brasil busca reduzir custos e melhorar a conectividade em áreas isoladas.

A disputa por dominação no espaço de satélites de comunicação não se limita à competição comercial. A presença crescente da Starlink e a expansão das empresas concorrentes estão sendo acompanhadas de perto por analistas de segurança. A China, com seu interesse em expandir sua infraestrutura de satélites, gerou preocupações no Ocidente, especialmente nos Estados Unidos, sobre questões de segurança. A China está desenvolvendo sistemas de rastreamento para monitorar as constelações de satélites da Starlink, um movimento visto como uma forma de desafiar a supremacia de Musk no setor.

Além disso, o uso da Starlink no conflito na Ucrânia aumentou o foco global sobre a empresa, levando pesquisadores militares a considerar a necessidade de desenvolver redes alternativas de satélites de baixo custo e comunicação de baixa latência. A crescente colaboração entre Washington e países do Sul Global visa contornar a incursão da China no domínio digital, uma preocupação crescente entre os analistas.

*Com informações da Sputnik News.


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