Empresa saudita negocia compra da Avibras, e tratativas avançam para recuperação da empresa

A Avibras Indústria Aeroespacial informou, por meio de nota, que está em tratativas avançadas com a Black Storm Military Industries, uma empresa saudita, para viabilizar a venda da companhia. A proposta de transação tem como objetivo a recuperação econômico-financeira da Avibras, que enfrenta dificuldades financeiras e operacionais.

De acordo com o comunicado divulgado pela Avibras e pela Black Storm Military Industries, as instalações da fábrica, localizada em Jacareí (SP), serão mantidas após a concretização do acordo. A expectativa é que a produção da empresa seja retomada o mais breve possível, garantindo o cumprimento das obrigações com o governo brasileiro, clientes, credores e, principalmente, os colaboradores da Avibras.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, entidade que representa os trabalhadores da Avibras, afirmou em nota que a intenção de venda da fábrica já foi formalizada, mas o processo deverá ser concluído dentro de 45 dias. O sindicato, que há quase três anos luta em defesa dos empregos e salários dos trabalhadores, destaca que a situação financeira da empresa é grave, com quase 22 meses de salários pendentes. Para a entidade, é imprescindível que o governo federal se posicione para regularizar a situação dos funcionários e garantir a permanência da Avibras no Brasil, considerando sua importância estratégica para a soberania nacional.

Em relação à negociação, a Avibras reiterou que tanto a empresa brasileira quanto a saudita estão comprometidas com a conclusão do processo. Contudo, a situação enfrentada pelos trabalhadores tem gerado um cenário de insegurança, e o sindicato solicitou uma reunião urgente com a empresa para discutir as condições do acordo e o futuro da companhia.

Em paralelo, o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo expressou preocupações quanto aos possíveis impactos na soberania nacional com a venda da Avibras, uma empresa que desempenha um papel estratégico no setor de defesa do Brasil. A negociação reflete uma tendência crescente de desvalorização de empresas nacionais importantes para a segurança do país.

*Com informações da Sputnik News.