O município de Morro do Chapéu, situado na Chapada Diamantina, se destaca no cenário do enoturismo devido ao seu “terroir” ideal, que une o tipo de solo adequado e o clima propício para o cultivo da uva. Com um verão quente e noites frias, a região tem se consolidado como um importante polo vinícola, com quatro vinícolas em operação e outras quatro em processo de instalação. O suporte institucional, por meio da Rota do Vinho, programa promovido pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur-BA), tem contribuído significativamente para o fortalecimento do setor. Além da produção de vinhos premiados, a região também atrai turistas com eventos como a Vindima de Verão, festa anual da colheita da uva.
O enoturismo tem se mostrado como uma ferramenta de fortalecimento econômico, não só para o município, mas para a Chapada Diamantina como um todo. A Vindima de Verão, realizada no último sábado pela vinícola Vaz, atraiu visitantes de diferentes partes do Brasil e do mundo. Os participantes vivenciaram a colheita das uvas e o processo de vinificação, acompanhados por música ao vivo, degustações e a tradicional pisa da uva. O evento movimentou o setor de serviços turísticos local, como hospedagem e alimentação, reforçando a relevância do turismo vinculado à viticultura na economia regional.
Em entrevista, Renata Ferraz, decoradora de Minas Gerais, destacou a qualidade do vinho da região, que a trouxe à quinta edição da Vindima de Verão. Da mesma forma, o engenheiro mecânico alemão Gerhard Lang, apreciador do espumante Moscatel, elogiou a qualidade do produto local, reforçando a internacionalização do enoturismo na Chapada Diamantina. Já o conselheiro da vinícola Miolo, Eurico Benedetti, ressaltou o potencial de crescimento do roteiro enoturístico da região, capaz de integrar a cadeia produtiva do vinho e atrair mais turistas para a área.
O histórico da viticultura local remonta a 2009, quando o cultivo de uvas começou na Fazenda Santa Maria, com o incentivo do governo estadual. Mudas importadas da região de Champagne, na França, foram adaptadas ao solo da Chapada, possibilitando a produção de vinhos com características únicas. A vinícola Santa Maria foi estruturada em 2018, e hoje produz cerca de 12 mil garrafas de vinho por ano, recebendo cerca de 1,5 mil visitantes mensais. Já a vinícola Vaz, inaugurada em 2018, é destaque pela sua integração com o turismo, com uma média anual de 26 mil garrafas produzidas e 3 mil visitantes por mês.
Jairo Vaz, fundador da vinícola Vaz, observou que, desde o lançamento da Rota do Vinho, em 2023, o fluxo de visitantes aumentou significativamente, especialmente entre os turistas da capital baiana. Ele reforçou que o segmento de enoturismo está em expansão, e acredita que a atividade contribuirá para o desenvolvimento contínuo da economia regional. Outras vinícolas, como Reconvexo e Sertania, inauguradas nos últimos anos, também representam o crescimento do setor.
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