Inflação de janeiro de 2025 registra 0,16%, menor índice para o mês desde 1994

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou em janeiro, marcando 0,16%, o menor percentual para o mês desde o início do Plano Real. A redução foi influenciada pelo Bônus Itaipu, que reduziu os custos da energia elétrica para milhões de consumidores.
Enquanto a energia elétrica contribuiu para a desaceleração do IPCA, os transportes e os alimentos foram os principais fatores de alta.

A inflação oficial de janeiro registrou 0,16%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11/02/2025). Este é o menor índice para o mês desde 1994, período anterior à implementação do Plano Real. A principal causa da desaceleração foi o impacto do Bônus Itaipu, um desconto aplicado à conta de energia elétrica de 78 milhões de consumidores.

O resultado representa uma desaceleração significativa em relação ao índice de 0,52% registrado em dezembro de 2024. No acumulado de 12 meses, a inflação soma 4,56%, ainda acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

Energia elétrica foi o principal fator de queda da inflação

A maior contribuição para a desaceleração veio do subitem energia elétrica residencial, que apresentou redução de 14,21%, impactando o IPCA com -0,55 ponto percentual (p.p.). Essa foi a maior queda desde fevereiro de 2013, quando a energia elétrica recuou 15,17%. Como consequência, o grupo habitação registrou queda de 3,08%, influenciando o índice com -0,46 p.p..

O Bônus Itaipu, responsável por essa redução, é um abatimento concedido a consumidores de energia elétrica, resultado da renegociação de tarifas provenientes da usina de Itaipu Binacional.

Transportes e alimentos pressionaram inflação para cima

Enquanto a energia elétrica contribuiu para a desaceleração do IPCA, os transportes e os alimentos foram os principais fatores de alta. O grupo transportes registrou elevação de 1,3%, com impacto de 0,27 p.p. sobre a inflação do mês. O aumento foi impulsionado por:

  • Passagens aéreas, que subiram 10,42%.
  • Tarifas de ônibus urbano, que registraram alta de 3,84%, refletindo reajustes em sete das 16 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE.

No setor de alimentos e bebidas, houve uma alta de 0,96%, marcando a quinta elevação consecutiva. Os produtos que mais contribuíram para a inflação foram:

  • Café moído: +8,56% (impacto de 0,04 p.p.).
  • Tomate: +20,27% (0,04 p.p.).
  • Cenoura: +36,14% (0,02 p.p.).

A alta do café deve se manter nos próximos meses, conforme indicam projeções do setor agrícola.

Índice de difusão e abrangência do IPCA

O índice de difusão, que mede a porcentagem de produtos e serviços pesquisados que registraram aumento de preços, ficou em 65% em janeiro, abaixo dos 69% de dezembro de 2024. Isso indica que a alta de preços foi menos disseminada no início de 2025.

O IPCA mede a variação dos preços para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, abrangendo as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

*Com informações da Agência Brasil.


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