Ministro Fernando Haddad afirma que políticas do governo contribuirão para estabilização do dólar

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (7) que as políticas econômicas adotadas pelo governo deverão levar o dólar a um "patamar adequado" e terão reflexos nos preços nas próximas semanas. Durante entrevista à Rádio Cidade, de Caruaru (PE), ele destacou que a valorização da moeda norte-americana no último ano impactou o custo dos alimentos, mas que a tendência agora é de estabilização. O ministro também ressaltou que a safra recorde prevista para o ano pode contribuir para a redução da inflação.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista e afirma que medidas econômicas devem impactar a cotação do dólar e os preços no mercado interno.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira (07/02/2025) que as medidas econômicas implementadas pelo governo federal contribuirão para a estabilização do dólar e terão efeitos nos preços do mercado interno nas próximas semanas. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa Manhã Cidade, da Rádio Cidade, de Caruaru (PE). Segundo Haddad, a valorização da moeda norte-americana nos últimos meses impactou diretamente o custo dos alimentos, mas há sinais de acomodação.

O ministro não detalhou quais medidas estão sendo adotadas, mas ressaltou que fatores externos influenciaram a recente valorização do dólar, como a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos no ano passado. Ele explicou que a alta do dólar foi um fator de pressão sobre os preços, mas que, atualmente, a moeda norte-americana tem demonstrado perda de força.

“No final do ano passado, nós tivemos uma ocorrência que foi a eleição do Trump, nos Estados Unidos. E isso fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro. Agora, se você acompanhar o que está acontecendo, o dólar está perdendo força. Já chegou a R$ 6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$ 5,77. Então, isso também colabora para redução do preço dos alimentos no médio prazo”, afirmou Haddad.

O ministro mencionou que a previsão de uma safra recorde neste ano pode contribuir para a redução dos preços de produtos alimentícios. Ele destacou que o ciclo da pecuária também influencia essa dinâmica e que ambos os fatores tendem a aliviar as pressões inflacionárias.

“A partir de março, nós vamos começar a colher essa safra, que vai ser recorde. Nós vamos colher como nunca colhemos. E tem o ciclo do boi também, que está no final. E isso tudo vai ajudar a normalizar essa situação”, afirmou.

Haddad também abordou a política de valorização do salário mínimo, afirmando que a medida visa garantir o poder de compra dos trabalhadores. Ele destacou que, após um período de sete anos sem reajustes acima da inflação nos governos anteriores, o atual governo tem adotado uma política de recomposição salarial.

“O salário mínimo ficou congelado por sete anos. Mas desde que o presidente Lula assumiu, há apenas dois anos, o valor que estava R$ 1.100 foi reajustado para R$ 1.518. Obviamente que você não consegue corrigir sete anos de má administração em dois. Mas eu penso que o presidente Lula, com o compromisso que tem com as pessoas que precisam mais do Estado, já começou uma política de valorização do salário mínimo”, declarou Haddad.

O ministro concluiu afirmando que as medidas adotadas pelo governo incluem ajustes na política cambial, correção da tabela do Imposto de Renda e estímulo ao crescimento econômico. Segundo ele, essas iniciativas buscam garantir a recuperação do poder de compra da população e a redução do custo de vida.


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