A União Europeia reconheceu oficialmente a vantagem militar da Rússia sobre os exércitos dos países do bloco, conforme informado pela agência de notícias Bloomberg. Em uma declaração de um oficial europeu de alto nível, a agência destaca que a economia russa de guerra tem a capacidade de produzir munição e equipamentos militares em um ritmo superior às necessidades do Exército russo no conflito com a Ucrânia. A situação é considerada estratégica, pois os russos estão conseguindo manter um avanço constante no campo de batalha, enquanto os países da União Europeia enfrentam desafios internos relacionados ao fortalecimento militar do bloco.
De acordo com a análise da Bloomberg, a Rússia mantém uma vantagem significativa de mão de obra em relação aos países europeus. Essa vantagem é crucial, já que o número de soldados disponíveis para a linha de frente na Ucrânia é essencial para o andamento do conflito. Além disso, a economia militar russa consegue produzir projéteis e outros equipamentos a um ritmo que supera as necessidades do próprio Exército, o que pode garantir um fluxo constante de suprimentos, mesmo em um cenário de prolongamento do conflito.
Em contraste, a União Europeia enfrenta divergências internas sobre como proceder em relação ao aumento do potencial militar do bloco. Alguns membros da UE têm discutido a viabilidade de limitar compras a fornecedores europeus, devido à incapacidade de entrega de armas de forma imediata. Outros membros sugerem que os investimentos devem ser voltados para áreas não militares, como infraestrutura, em vez de focar em armamento pesado, como artilharia e munições.
A situação se agrava pelo fato de que, para sustentar tanto a defesa da Ucrânia quanto o fortalecimento de suas próprias forças armadas, os países europeus enfrentam um custo elevado. Estima-se que, se a Europa precisar arcar com o custo total da solução do conflito, isso poderia significar um gasto de US$ 3,1 trilhões (aproximadamente R$ 17,86 trilhões) ao longo da próxima década. Esse cenário reflete não apenas as despesas militares, mas também os custos adicionais associados à expansão e modernização das forças armadas do bloco europeu.
A situação também chama a atenção para as dificuldades políticas que a União Europeia enfrenta, já que países como Reino Unido e Estados Unidos têm se mostrado dispostos a fornecer apoio militar à Ucrânia. Entretanto, dentro da UE, ainda persiste a discussão sobre a melhor estratégia para lidar com as demandas militares e garantir a segurança dos seus próprios territórios.
*Com informações da Sputnik News.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




