Bacia do Jacuípe tem 89% do esgotamento concluído, mas domicílios lançam dejetos na rede pluvial, diz gestor da Embasa em Feira de Santana

Audiência pública discute impacto do despejo irregular de esgoto no rio Jacuípe e desafios do saneamento na região.
Audiência pública discute impacto do despejo irregular de esgoto no rio Jacuípe e desafios do saneamento na região.

A Bacia do Jacuípe tem 89% da rede de esgotamento sanitário concluída, mas ainda enfrenta o problema do despejo irregular de dejetos na rede pluvial em Feira de Santana. A situação foi discutida em audiência pública realizada nesta semana pela Câmara Municipal, por iniciativa dos vereadores Jurandy Carvalho (PSDB) e Ismael Bastos (PL). O gestor regional da Embasa, Raimundo Neto, apresentou dados sobre o impacto do descarte inadequado no rio Jacuípe.

Um dos pontos destacados foi a condição do canal de macrodrenagem que cruza bairros próximos ao centro da cidade. Segundo Raimundo Neto, esse canal deveria estar seco durante a estiagem, pois sua função é drenar água da chuva. No entanto, ele apresenta um fluxo contínuo de esgoto doméstico, indicando o despejo irregular de dejetos.

O gestor da Embasa ressaltou que, em áreas com rede coletora de esgoto disponível, muitos domicílios e estabelecimentos comerciais continuam despejando resíduos na rede pluvial. A justificativa mais comum é a evitação de obras para conexão ao sistema de esgoto, o que sobrecarrega a drenagem urbana.

O problema se agrava durante o período chuvoso. Em dias normais, a Embasa recebe entre 50 e 60 chamados diários sobre esgoto exposto na cidade. Esse número pode chegar a 300 registros quando chove, devido ao extravasamento da rede pluvial, que não foi projetada para receber grandes volumes de esgoto misturados com água da chuva.

O gestor alertou sobre o impacto ambiental e reforçou a necessidade da participação da população para evitar o despejo irregular e o descarte de resíduos sólidos nos rios, canais e ruas. Ele enfatizou que a contaminação dos recursos hídricos está diretamente ligada à falta de conscientização e ações inadequadas da população.

Construções irregulares impactam drenagem e saneamento

Além do despejo irregular, a ocupação desordenada de áreas inadequadas também foi apontada como um fator que compromete o saneamento e a drenagem. Raimundo Neto destacou a proliferação de empreendimentos irregulares, especialmente nos distritos, que dificulta o planejamento urbano e aumenta o risco de alagamentos e desabamentos.

Após a consolidação dessas construções, ele reforçou a necessidade de uma ação conjunta entre diferentes órgãos públicos para mitigar os impactos e encontrar soluções para o saneamento e a preservação de rios, lagos e lagoas da região.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.