Merrinho: O carioca que se tornou patrimônio de Feira de Santana

Roberto Basílio dos Santos, mais conhecido como Merrinho, conquistou o coração da cidade de Feira de Santana, onde se radicou e construiu sua história tanto no futebol quanto na vida cotidiana. Campeão baiano pelo Fluminense de Feira em 1969, o carioca se fez feirense ao longo de sua trajetória, marcada por uma carreira vitoriosa e uma vivência profunda na comunidade. Desde 2021, ele sofre com lapsos de memória, mas sua imagem permanece viva na memória dos feirenses.
Merrinho, ex-jogador e ídolo de Feira de Santana, campeão baiano de 1969 pelo Fluminense de Feira, e hoje figura importante na história da cidade.

Merrinho, nome que ficou gravado na memória do futebol baiano, foi um dos grandes responsáveis pela história do Fluminense de Feira. Campeão baiano de 1969, o volante de origem carioca conquistou o respeito da torcida e se tornou uma figura querida, não apenas pelos feitos dentro de campo, mas também pela sua postura amistosa e sempre disponível para os amigos e admiradores. Natural do Rio de Janeiro, Roberto Basílio dos Santos foi uma das promessas do Flamengo na juventude, conquistando o campeonato carioca juvenil de 1965 com uma equipe de destaque. Entre seus companheiros estavam nomes como o centroavante César “Maluco” e o meia Juarez, que também se tornariam figuras relevantes no cenário futebolístico.

Sua transferência para o Fluminense de Feira ocorreu em 1968, onde rapidamente se tornou uma das referências do time, inicialmente atuando como lateral direito e, posteriormente, como volante, posição que viria a ser sua marca registrada. Em campo, Merrinho era incansável, cobrindo todas as áreas do campo com sua presença física, sempre com uma disposição que parecia ir além das forças humanas. Sua habilidade e disposição foram comparadas à de jogadores que marcaram época no futebol baiano, como Hosana Bahia e Chinesinho, deixando sua marca tanto no ataque quanto na defesa.

O volante foi parte fundamental da equipe que conquistou o título baiano de 1969. Durante sua passagem pelo Fluminense de Feira, fez história e continuou a ser um pilar da equipe, mesmo após sua saída do clube. Muitos de seus companheiros seguiram para outras equipes, mas Merrinho permaneceu e tornou-se parte essencial da cidade. Fora dos gramados, ele investiu em empreendimentos e contribuiu com seu conhecimento como treinador do Fluminense de Feira, do Sport Jacuipense e da seleção de Feira de Santana, além de atuar como comentarista esportivo em uma rádio local.

Sua adaptação à cidade de Feira de Santana foi completa, a ponto de ele se tornar feirense de coração e residência. Merrinho não apenas se fixou na cidade, mas também construiu uma forte rede de amizades e se envolveu em diversos aspectos da vida local. Sua convivência com os feirenses foi marcada pela cordialidade e simpatia, sendo uma presença constante nas ruas e um exemplo de cidadania. Sua contribuição à cidade, tanto como jogador quanto como pessoa, permanece inquestionável.

Nos últimos anos, a vida de Merrinho sofreu uma reviravolta com o aparecimento de lapsos de memória, uma condição que tem sido comparada ao Alzheimer. Sua esposa, Edileuza Silva Barbosa Santos, tem sido seu suporte fundamental, cuidando dele com dedicação e amor. A mudança no comportamento do ex-jogador contrasta com a figura ativa e participativa que ele foi em toda sua vida, tanto em campo quanto fora dele. Apesar das limitações atuais, Merrinho segue sendo uma figura muito querida e respeitada em Feira de Santana.


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