Cerca de 600 soldados norte-coreanos morrem apoiando tropas russas, afirma parlamentar da Coreia do Sul

Informações foram reveladas após encontro entre deputados e membros do serviço secreto de Seul sobre a participação de Pyongyang no conflito na Ucrânia.
Informações foram reveladas após encontro entre deputados e membros do serviço secreto de Seul sobre a participação de Pyongyang no conflito na Ucrânia.

Em uma reunião realizada nesta quarta-feira (29/04/2025), o deputado sul-coreano Lee Seong-kweun afirmou que cerca de 600 soldados norte-coreanos morreram enquanto apoiavam as forças russas na guerra contra a Ucrânia. As declarações foram feitas após uma discussão com membros do serviço secreto de Seul, que tratou das baixas sofridas pelas tropas norte-coreanas envolvidas no conflito.

De acordo com o parlamentar, cerca de 4.700 militares norte-coreanos teriam sido mobilizados pela Rússia. Desses, 2.000 soldados ficaram feridos entre janeiro e março deste ano, sendo repatriados por vias aéreas e férreas para a Coreia do Norte. Lee Seong-kweun indicou que os soldados feridos estão sendo mantidos “isolados” em Pyongyang e em outras regiões do país. Em relação aos soldados mortos, o deputado revelou que os corpos foram incinerados na Rússia, e as cinzas retornaram à Coreia do Norte.

A participação das tropas norte-coreanas foi especialmente significativa na região de Kursk, onde, segundo o parlamentar, 18 mil soldados norte-coreanos foram mobilizados em duas fases para apoiar a retomada da cidade por parte das forças russas. Lee Seong-kweun observou que, desde que a região foi recapturada, os combates diminuíram, mas indicou que a possibilidade de uma terceira fase de combates não pode ser descartada.

Até o momento, a Coreia do Norte não confirmou o envio de novas tropas para a Rússia após o apoio dado na região de Kursk. A última manifestação oficial de Pyongyang sobre sua participação no conflito ocorreu no último sábado (26/04/2025), quando o país reconheceu a presença de soldados norte-coreanos na Rússia. No dia seguinte, o presidente Vladimir Putin agradeceu o apoio de Pyongyang, destacando a participação ativa de seus militares nos combates e o esforço deles em “defender a pátria russa como se fosse deles”.

O deputado Lee Seong-kweun também comentou sobre a capacidade de combate das tropas norte-coreanas, afirmando que, após seis meses de envolvimento na guerra, a experiência dos soldados aumentou, especialmente no uso de novos sistemas de armas, incluindo drones. No entanto, o parlamentar também apontou que incidentes de más condutas foram registrados, como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e roubos cometidos pelos soldados.

Seul também revelou que as forças especiais da Coreia do Norte enviadas para Kursk receberam ordens de suicidar-se em caso de captura pelo exército ucraniano.

O envolvimento da Coreia do Norte no conflito tem sido uma preocupação para vários países ocidentais, incluindo Seul e Kiev, que temem que o apoio militar de Pyongyang à Rússia possa expandir o alcance da guerra. Em junho de 2024, Moscou e Pyongyang assinaram um acordo de parceria estratégica, que prevê apoio militar mútuo em caso de ataques contra os dois países.

*Com informações da RFI.


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