O interesse por profecias relacionadas ao papado não é recente. O momento de transição papal, seja por morte ou mudança de líder, é comumente associado a especulações sobre o fim dos tempos, devido ao vínculo da figura do papa com temas escatológicos no cristianismo. A “Profecia dos Papas”, atribuída a São Malaquias, e as previsões de Nostradamus têm gerado discussões sobre o possível último papa antes do “juízo final”.
A Profecia dos Papas, escrita por São Malaquias no século XII, apresenta uma lista de 112 ou 113 lemas, cada um associado a um papa desde o pontificado de Celestino II até o fim do mundo. A profecia prevê que o 112º papa, identificado como “Petrus Romanus”, será o último pontífice e governará durante grandes tribulações, culminando na destruição de Roma e no juízo final. O papa Francisco, atualmente o 112º da lista, é considerado o penúltimo papa, e a interpretação da profecia sugere que o próximo papa, “Petrus Romanus”, será o responsável pelo fim da Igreja Católica e da civilização como conhecemos.
Entre os lemas mais notáveis da lista de Malaquias estão “Gloria olivae”, atribuído a Bento XVI, e “De Medietate Lunae”, que descreve o pontificado breve de João Paulo I. A lista foi amplamente divulgada após a publicação de Arnold Wion, em 1595, embora sua veracidade seja debatida por historiadores, que consideram as descrições de papas posteriores a 1590 como vagas e possivelmente forjadas.
Por outro lado, as profecias de Nostradamus, especialmente sobre um “pontífice muito velho”, têm sido associadas ao atual papa Francisco, que faleceu no dia 21 de abril de 2025 aos 88 anos. Nostradamus escreveu sobre a morte de um papa idoso, sugerindo que um novo líder seria eleito e que a autoridade papal seria enfraquecida. As previsões de Nostradamus também mencionam um “romano de boa idade” e um “jovem de pele escura”, possíveis indicações de um futuro papa com origem diversa e uma mudança na dinâmica da liderança eclesiástica.
Em algumas interpretações, o termo “Papa Negro” é associado ao Superior Geral da Companhia de Jesus, cargo que foi ocupado por Francisco antes de se tornar papa. Esse título simboliza o poder oculto ou influência interna dos Jesuítas, o que sugere uma continuidade de sua influência no Vaticano após o papado de Francisco.
As profecias de Malaquias e Nostradamus continuam sendo interpretadas de forma especulativa, sem evidências concretas de sua veracidade, mas elas geram discussões sobre as mudanças e desafios enfrentados pela Igreja Católica e pelo Vaticano, especialmente no contexto das transições papais.
*Com informações da RFI.
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