Na próxima quinta-feira (17/04/2025), tem início a Feira de Caxixis, evento tradicional realizado em Nazaré, na Bahia, com encerramento previsto para domingo, 20 de abril de 2025. A feira, considerada uma das mais antigas do Brasil, destaca a produção artesanal de cerâmica, com a participação de artesãos de Maragogipinho e cidades vizinhas do Recôncavo Baiano. A programação inclui também shows musicais, feira afro e ações voltadas à economia solidária.
Patrimônio cultural e tradição
A Feira de Caxixis ocorre há mais de 200 anos e busca reconhecimento como patrimônio imaterial do Brasil. Realizada pela Prefeitura de Nazaré, sob gestão do prefeito Benon Cardoso, conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia e atrai visitantes de diversas regiões do país.
O evento se consolidou como espaço para a comercialização de cerâmicas artesanais de Maragogipinho, local reconhecido pela UNESCO como o maior centro produtor de cerâmica da América Latina. Com forte influência afro-indígena, o artesanato da região mantém técnicas tradicionais e envolve cerca de 80% da população local.
Variedade de peças expostas
A feira apresenta uma ampla gama de peças artesanais, incluindo vasos, luminárias, santos, quartinhas, talhas, porrões para água, porta-incenso, gameleiras, travessas, panelas, pratos e moringas. A tradição dos caxixis, miniaturas de louças que variam de 2 cm a 8 cm, deu nome ao evento e continua sendo um dos principais atrativos.
Expansão da programação em 2025
Nesta edição, a feira contará com novos espaços dedicados à valorização da cultura local e ações de sustentabilidade, como a Feira Afro e o Espaço Cesol de Economia Solidária.
Além disso, a programação musical será ampliada, com apresentações gratuitas em dois palcos no centro da cidade. Entre os artistas confirmados estão Jorge Vercillo, Diego Morais, Xandy Harmonia, Filhos de Jorge, Miriam Nascimento, Timbalada, Silvano Salles, Robyssão, Jau, Viola de 12, Toque Dez, Solange Almeida e Tayrone.
Importância histórica da Feira de Caxixis
Desde o século XIX, Nazaré se consolidou como um centro comercial do Recôncavo Baiano, sendo ponto de venda da cerâmica produzida na região e de produtos locais, como a farinha de copioba, que deu à cidade o apelido de Nazaré das Farinhas.
O evento se mantém como referência na produção artesanal e segue atraindo visitantes interessados na tradição cultural e na diversidade artística da região.
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