Na segunda-feira (22/04/2025), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, solicitou a redução rápida do uso de combustíveis fósseis como medida essencial para conter o agravamento da crise climática global. O pronunciamento foi feito em alusão ao Dia Internacional da Mãe Terra, celebrado anualmente em 22 de abril.
Guterres afirmou que o atual modelo de consumo energético, baseado majoritariamente em combustíveis fósseis, contribui para o aquecimento do planeta e gera consequências ambientais que incluem incêndios florestais, inundações, ondas de calor extremas, perda de vidas humanas e danos a meios de subsistência.
Durante seu discurso, o secretário-geral ressaltou que o ano de 2025 pode marcar o início de uma recuperação ambiental caso sejam adotadas medidas globais coordenadas. Ele enfatizou que a substituição dos combustíveis fósseis por energias renováveis representa uma oportunidade estratégica, uma vez que estas fontes são acessíveis, sustentáveis e menos nocivas ao meio ambiente.
Planos climáticos nacionais e papel do G20
Guterres pediu que todos os países atualizem seus planos nacionais de ação climática ainda este ano, alinhando-os à meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Essa meta está prevista no Acordo de Paris e visa evitar os piores efeitos da crise climática.
Segundo o líder da ONU, o G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, tem um papel central nesse processo e deve liderar os esforços globais para reduzir emissões, implementar fontes limpas de energia e garantir financiamento climático adequado.
Desmatamento e perda de biodiversidade
Guterres também alertou para a taxa elevada de destruição ambiental. A cada ano, 10 milhões de hectares de florestas são destruídos, o que corresponde a uma área maior que a Islândia. Além disso, estima-se que cerca de 1 milhão de espécies animais e vegetais estão atualmente ameaçadas de extinção.
O secretário-geral enfatizou que os governos precisam investir em ações para frear a perda de biodiversidade, combater a poluição ambiental e reforçar o financiamento para mitigação e adaptação climática. Tais medidas devem ser adotadas de forma integrada e em escala global.
Rumo à restauração ambiental
Para Guterres, a conjunção desses esforços pode representar uma inflexão no atual cenário. Ele afirmou que 2025 poderá ser o ano em que a trajetória de degradação ambiental seja revertida, desde que exista vontade política, cooperação internacional e compromisso com o multilateralismo climático.
*Com informações da ONU News.
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