AAPC de Feira de Santana solicita aumento de recursos para garantir continuidade dos serviços a pacientes com câncer

Entidade alerta sobre dificuldades financeiras que comprometem assistência a milhares de pessoas na região.
Entidade alerta sobre dificuldades financeiras que comprometem assistência a milhares de pessoas na região.

A Associação de Amparo à Pessoa com Câncer (AAPC), que atua há 23 anos na região, enfrenta desafios financeiros e estruturais que ameaçam a manutenção de seus serviços. A situação foi exposta pelo presidente da entidade, Roque Mota, na Tribuna Livre da Câmara Municipal nesta quarta-feira (28/05/2025), em um apelo direcionado aos poderes Executivo e Legislativo para ampliar o apoio financeiro.

Roque Mota destacou que a contribuição da Câmara tem sido fundamental, mas insuficiente para cobrir as demandas crescentes. Ele solicitou a revisão do orçamento para o próximo ano, pedindo maior generosidade dos parlamentares nas subvenções sociais e que os recursos sejam distribuídos em diferentes áreas, não se limitando apenas à saúde. Segundo ele, “a suspensão do pagamento de verbas de emendas parlamentares no segundo semestre do ano passado agravou as dificuldades da entidade”.

O presidente da AAPC explicou que a associação depende desses recursos para manter a assistência a pacientes, oferecer cestas básicas e ampliar a estrutura física. “Não são raras as vezes, em que é preciso colocar paciente para dormir em colchonete, devido a falta de espaço físico para adicionar mais uma cama.” Ele alertou para o risco de encerramento das atividades caso o apoio não seja ampliado. Em 2013, a AAPC atendia cerca de 300 pacientes; atualmente, o número ultrapassa 4 mil.

O aumento na demanda está relacionado à centralização dos tratamentos oncológicos na Bahia em apenas três cidades: Salvador, Feira de Santana e Itabuna. Roque Mota detalhou que, ao identificar suspeita ou diagnóstico de câncer, os pacientes são encaminhados pelo sistema estadual de saúde para essas unidades. Em Feira, os hospitais Clériston Andrade (HGCA), da Criança (HECA), Dom Pedro de Alcântara (HDPA) e a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) são os principais pontos de atendimento.

O presidente reforçou que “pessoas em situação de vulnerabilidade, que não podem custear hospedagem, alimentação e outras despesas, são encaminhadas para nossa instituição. Lá, ficam hospedadas durante todo o período de tratamento”.

Na mesma sessão, o vice-presidente da AAPC, Genildo Melo, agradeceu a oportunidade de expor a situação e destacou a relevância dos serviços prestados pela entidade na região.

“Prestamos um serviço grandioso. Estou chegando agora, mas já entendi que é uma missão de transformar vidas e levar apoio e acolhimento às pessoas que mais precisam. E contamos com o apoio dos senhores.”


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