Pelo menos 30 pessoas morreram após ataques aéreos israelenses atingirem uma escola da ONU em Al Bureij, no centro da Faixa de Gaza, na noite de terça-feira (06/05/2025). A instalação era usada como abrigo por mais de 2 mil civis deslocados. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa) relatou que o primeiro ataque ocorreu por volta das 18h e foi seguido de novo bombardeio às 22h20.
A escola foi gravemente danificada e um incêndio dificultou as operações de evacuação, conforme comunicado da agência. Moradores locais relataram que foi necessário abrir uma passagem em uma parede para resgatar feridos e remover corpos, diante da destruição e da impossibilidade de acesso imediato pelas equipes de socorro.
Segundo a Unrwa, mulheres e crianças estão entre os mortos e feridos. Operações de busca continuam, com pessoas desaparecidas e número de vítimas ainda sujeito a atualização. O ataque provocou danos também em um colégio próximo, onde tendas e abrigos improvisados foram destruídos pelo fogo.
Desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, mais de 400 escolas foram atingidas por ataques, de acordo com imagens de satélite analisadas pelas Nações Unidas. O levantamento mostra que, das 564 escolas existentes em Gaza, 501 (95,4%) precisam de reconstrução total ou reformas estruturais significativas para retomar suas atividades.
A Unrwa informou ainda que a maioria dos moradores abrigados na escola atacada havia sido deslocada repetidas vezes desde o início da guerra. Após o ataque, sobreviventes procuraram salvar pertences em meio a destroços, sangue e partes de corpos, conforme relataram funcionários da agência.
Em Genebra, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, criticou os relatos de que Israel planeja transferir à força civis palestinos para uma área reduzida no sul de Gaza. Em comunicado, Turk afirmou que a intensificação militar provavelmente levará a novos deslocamentos em massa e à destruição da infraestrutura remanescente, ampliando o número de vítimas civis.
*Com informações da ONU News.
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