O Banco Central do Brasil (BC) assinará nesta terça-feira (13/05/2025) um acordo de swap cambial com o Banco Popular da China (PBoC). A medida tem como objetivo assegurar liquidez aos mercados financeiros em eventuais momentos de necessidade. O valor total das operações será limitado a R$ 157 bilhões, com validade de cinco anos.
A formalização ocorrerá durante encontro entre o presidente do BC, Gabriel Galípolo, e o presidente do banco central chinês, Pan Gongsheng, em Pequim. Galípolo integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre agenda oficial no país asiático.
De acordo com o comunicado oficial do Banco Central, os reais entregues ao Banco Popular da China serão depositados em conta especial, de uso exclusivo, no BC, conforme determinações do acordo. O instrumento de swap visa a manutenção da estabilidade e do bom funcionamento do sistema financeiro nacional.
Critérios e Parâmetros da Operação
Os termos das operações levarão em consideração as cotações das moedas nos mercados de câmbio nacional e internacional, além das taxas de juros e prêmios de risco relacionados aos títulos soberanos em circulação. O BC informou que o objetivo é preservar o equilíbrio econômico e financeiro das obrigações contratadas no âmbito do acordo.
A operação entre Brasil e China segue o modelo de outros acordos de swap cambial já firmados pelo BC, como o existente com o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. Tornado permanente em 2021, esse arranjo permite ao BC brasileiro acessar dólares por meio de operações compromissadas, com títulos do Tesouro dos EUA como garantia.
Expansão da rede de acordos internacionais
Segundo o Banco Central, estão em andamento negociações com outros bancos centrais para acordos semelhantes. O órgão destacou que os swaps cambiais entre autoridades monetárias ganharam relevância desde a crise financeira global de 2007, e têm sido utilizados como instrumento de estabilidade sistêmica.
O Banco Popular da China mantém atualmente 40 acordos de swap de moedas com diversos países, incluindo Canadá, Chile, África do Sul, Japão, Reino Unido, além do Banco Central Europeu. Essas parcerias integram a estratégia chinesa de expansão de mecanismos multilaterais de cooperação financeira.
Próximos compromissos da agenda oficial
Além da assinatura do acordo, Gabriel Galípolo participará na próxima quinta-feira (15) de um seminário técnico sobre Panda Bonds, títulos emitidos por entidades estrangeiras no mercado chinês em yuan. O evento será voltado à discussão sobre instrumentos de financiamento internacionais e sua integração aos mercados asiáticos.
*Com informações da Sputnik News e Agência Brasil.
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