Durante uma reunião bilateral na última segunda-feira (12/05/2025), os ministros das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e do Brasil, Mauro Vieira, discutiram a crise ucraniana e reiteraram seu apoio a negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia. O encontro, realizado no contexto da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, também contou com a participação do assessor especial do presidente brasileiro, Celso Amorim.
Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores da China (MRE) destacou que ambas as partes concordaram em continuar a desempenhar um papel ativo através do grupo “Amigos da Paz”, uma iniciativa conjunta com outros países do Sul Global. O objetivo é ampliar o consenso internacional e buscar uma solução política para o conflito. Além disso, os representantes reafirmaram a necessidade de diálogo direto e das negociações como caminhos viáveis para a resolução da crise.
Esse apoio não é novo. Em maio de 2024, Brasil e China haviam apresentado um plano de seis pontos para a solução do conflito, que foi bem recebido por mais de 100 países. Desde então, ambos os países, junto a outras nações do Sul Global, passaram a promover a plataforma “Amigos da Paz”, com o intuito de auxiliar nas discussões sobre o conflito.
Na véspera dessa reunião, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia proposto um novo encontro com representantes da Ucrânia, sugerindo que as negociações diretas ocorressem em Istambul em 15 de maio. O líder russo indicou a possibilidade de um acordo de cessar-fogo durante o encontro, sem pré-condições, o que representa uma tentativa de avançar nas negociações de paz.
Propostas e desafios nas negociações de Paz
A proposta de Putin foi recebida com entusiasmo por outros países, incluindo o Egito, que também demonstrou apoio à ideia de uma solução diplomática. Em uma entrevista ao portal Breitbart News, Steve Witkoff, enviado especial dos Estados Unidos, afirmou que a resolução do conflito depende da aprovação do presidente russo e que, sem a participação ativa de Putin, não será possível alcançar um acordo de paz duradouro.
Além disso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou suas exigências para que a Rússia aceite um cessar-fogo total antes de qualquer avanço nas negociações. A divergência entre as condições apresentadas por Moscou e Kiev segue sendo um dos principais obstáculos para a conclusão do diálogo.
*Com informações da Sputnik News.
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