Na última quarta-feira (07/05/2025), a 3ª Reunião Ordinária da Câmara Intersetorial de Prevenção Social da Violência (Ciprev) discutiu os avanços do Programa Bahia pela Paz, no Centro de Operações e Inteligência da Bahia (COI), com a presença de gestores, secretarias estaduais, representantes dos Coletivos Bahia pela Paz e instituições parceiras.
O encontro faz parte do alinhamento intersetorial para a execução do Plano de Ações Integradas (PAI), documento que orienta as estratégias do Programa. Participaram representantes das secretarias de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), além da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), da Defensoria Pública, e de outros órgãos ligados aos direitos sociais.
Denise Tourinho, coordenadora executiva do Sistema de Defesa Social da Bahia, afirmou que o monitoramento conjunto contribui para a construção de uma cultura de acompanhamento dos indicadores do Programa. Segundo ela, esse é um dos papéis das câmaras e comitês que integram a estrutura de governança do Bahia pela Paz.
Entre os destaques da reunião, foi apresentada a proposta da “Rede Comunitária de Empreendedores Negros da Bahia”, ação liderada pela Sepromi, com foco em fortalecer o empreendedorismo nos territórios dos Coletivos Bahia pela Paz, com ênfase em negócios conduzidos por mulheres negras. Um edital para a seleção de uma Organização da Sociedade Civil (OSC) responsável pelas Caravanas Movaê está em fase final de aprovação. A iniciativa prevê atividades de capacitação e fomento itinerante ao empreendedorismo negro.
Outra ação discutida foi a ampliação do projeto “Oxe, me Respeite nas Escolas”, que será levado a 300 escolas baianas, das quais 80 estão vinculadas aos Coletivos Bahia pela Paz. O projeto visa enfrentar diferentes formas de violência contra meninas e mulheres e é conduzido pela SPM, em parceria com órgãos como a SEC, o UNFPA, o NEIM/UFBA, a SSP, a Sepromi, a SJDH e o Conselho Estadual da Juventude (Cojuve). A metodologia utilizada é baseada na educação popular e no Teatro do Oprimido, incluindo estudantes de unidades socioeducativas e promovendo a capacitação de tutores e professores.
O Projeto “Elas à Frente”, desenvolvido em parceria entre a SPM, Seades, Sepromi, Saeb e Setre, também foi ampliado. A ação promove acompanhamento psicossocial, orientação jurídica e rodas de diálogo sobre autonomia econômica e enfrentamento à violência, voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade.
O Bahia pela Paz, implementado desde junho de 2024, é coordenado pela SJDH e propõe uma abordagem integrada para prevenção e redução da violência entre jovens, principalmente negros. A iniciativa atua por meio da formação cidadã, fortalecimento de serviços públicos locais e incentivo à cultura de paz.
Um dos eixos centrais do Programa são os Coletivos Bahia pela Paz, centros de referência em Direitos Humanos, instalados em áreas de vulnerabilidade. Esses espaços promovem ações articuladas nas áreas de educação, cultura, trabalho, segurança pública, assistência social e desenvolvimento humano, com foco em jovens entre 12 e 29 anos e suas famílias.
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