A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) atingiu receita recorde em 2024 e, pela primeira vez, ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em investimentos diretos no futebol. Os dados constam no relatório financeiro apresentado pelo presidente Ednaldo Rodrigues na terça-feira (29/04/2025), em reunião com os 27 presidentes de federações estaduais, integrantes da Assembleia Geral da entidade. O balanço foi aprovado por unanimidade.
A receita da CBF em 2024 superou R$ 1,5 bilhão, valor 17,6% superior ao de 2023. O crescimento foi impulsionado principalmente pelas receitas com transmissão de jogos (alta de 35%), ações comerciais (46%), bilheteria e registros (23%). O principal destaque foi a renovação do contrato com a Nike, assinada em novembro, que antecipou R$ 1,3 bilhão à entidade e assegurou patrocínio até 2038.
Os investimentos em futebol atingiram R$ 1,05 bilhão em 2024, o equivalente a 70% do faturamento da CBF no ano. O valor representa um aumento de 54% em relação à média das três temporadas anteriores, consolidando uma nova política de fomento às competições nacionais e ao desenvolvimento do esporte em todo o território nacional.
Dentre os investimentos, R$ 734 milhões foram destinados a competições e ações nos estados, aumento de 39% em relação a 2023. As cotas de participação e as premiações das Séries B, C, D, A1 do futebol feminino, Copa do Brasil e Copa do Nordeste foram reajustadas, promovendo um ambiente mais competitivo e ampliando a participação de clubes de diferentes regiões.
A Série A de 2025 contará com cinco clubes nordestinos, número inédito, e a Série B terá três representantes da região Norte, algo que não ocorria há 19 anos. Segundo a CBF, a meta é reduzir desigualdades estruturais e ampliar o alcance do futebol profissional.
O superávit da entidade em 2024 foi de R$ 107 milhões. Os ativos totais alcançaram R$ 3,6 bilhões, com crescimento de 67% em um ano. O ativo circulante praticamente dobrou, atingindo R$ 2,8 bilhões, o que assegura liquidez livre de R$ 1,9 bilhão e eleva o índice de liquidez corrente para 5,21, indicando capacidade de cumprimento de obrigações e sustentabilidade.
A CBF também registrou recolhimento de R$ 155 milhões em tributos. Parte dos recursos foi direcionada para ações emergenciais de apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A entidade promoveu iniciativas como o jogo Futebol Solidário, lançou uma plataforma de doações e destinou R$ 19,5 milhões em apoio direto à federação estadual e aos clubes afetados.
Para 2025, a entidade projeta receita de R$ 2,25 bilhões, dos quais R$ 1,6 bilhão serão investidos no futebol. O planejamento orçamentário foi estruturado em conformidade com as estratégias de crescimento, com foco em responsabilidade fiscal e na consolidação de políticas de desenvolvimento esportivo.
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