A implantação e requalificação de 17 cozinhas comunitárias nos territórios do Piemonte da Diamantina e Bacia do Jacuípe integram as ações do projeto Pró-Semiárido, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). As unidades atendem a grupos de mulheres e jovens agricultores familiares, promovendo o fortalecimento da segurança alimentar e nutricional, além da geração de renda e ampliação da autonomia econômica.
As cozinhas comunitárias são estruturadas com áreas específicas para recepção de matéria-prima, produção, embalagem, estoque, banheiros, vestiários e escritório. Equipadas para o beneficiamento de derivados da mandioca, frutas e produtos dos quintais agroecológicos, essas unidades buscam qualificar a produção agrícola e viabilizar o acesso a políticas públicas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Objetivos e funcionamento das cozinhas comunitárias
Segundo Marcos Andrade, técnico em Agroindústria do Pró-Semiárido, as cozinhas foram instaladas em comunidades onde já existiam grupos de mulheres atuantes na produção, mas que necessitavam de espaços adequados e regularizados para ampliar a produção e agregar valor aos produtos.
“Elas puderam acessar outras políticas públicas por meio da estruturação dessas cozinhas”, explicou.
A iniciativa proporciona, além do aspecto econômico, um ambiente de fortalecimento social e comunitário. A agricultora Edilza Gama, do grupo Mulheres do Semiárido, em Umburanas, afirmou que o espaço promove geração de renda, cooperação e valorização do trabalho feminino.
“A cozinha comunitária é um lugar de trocas, conversas e união”, declarou.
Impactos na vida das mulheres agricultoras
Rejane Magalhães, coordenadora local do Pró-Semiárido, destacou que o projeto visa reconhecer e valorizar o trabalho das mulheres agricultoras, historicamente restrito ao ambiente doméstico e sem remuneração adequada. “A iniciativa possibilita que o trabalho coletivo das mulheres seja monetarizado, ampliando sua capacidade de geração de renda”, afirmou. Ela ressaltou que muitas mulheres conseguiram melhorar suas condições de vida por meio da renda obtida, adquirindo bens e investindo na educação familiar.
As cozinhas comunitárias foram instaladas em comunidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), impactando diretamente na qualidade e oferta de alimentos saudáveis na região, além de promover a inclusão produtiva e social.
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